O trabalho no local começou com procedimentos cirúrgicos. São 75 leitos, sendo dez de UTI, além de toda estrutura necessária para atendimento de urgência e ambulatorial
Foto: Secom
Um grito de liberdade na saúde pública. Foi assim que o prefeito de Anápolis, Roberto Naves, definiu a inauguração do novo Hospital Municipal Alfredo Abrahão nesta terça-feira, 9, ao lado do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, do secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino, e demais autoridades federais, estaduais e municipais. O prefeito se referia ao fato de, agora, a rede municipal de saúde ter três centros cirúrgicos para a realização de operações que antes dependiam de outras instituições gerando fila de espera. “Só hoje temos 20 pacientes que serão operados e que aguardavam ansiosamente por esse momento”, completou.
A previsão inicial era realizar cerca de 200 cirurgias eletivas em várias especialidades por mês, mas graças à parceria com o governo estadual, esse número será bem maior. “Quero anunciar que, por determinação do governador Ronaldo Caiado, serão destinados R$ 10 milhões para a realização de cirurgias”, informou o secretário estadual de Saúde, Ismael Alexandrino.
O ministro Marcelo Queiroga ressaltou a importância da consolidação do hospital neste momento de emergência sanitária em todo o País por causa da Covid. “Muitos serviços foram paralisados e ver esse hospital novo e equipado é extremamente satisfatório num período tão importante da saúde pública”, disse. Apesar da maioria dos investimentos do hospital ser oriunda dos cofres do município, há também verba do governo federal, por meio de emendas, que auxiliaram na concretização do projeto.
E o auxílio, o trabalho conjunto e as parcerias foram outros pontos fundamentais para a finalização do Hospital Alfredo Abrahão. Roberto Naves enfatizou essa união entre poder executivo e legislativo em níveis nacional, estadual e municipal para todo o trabalho realizado na área da saúde em Anápolis, tanto durante a pandemia quanto agora, com a queda de casos e internações. “Ninguém faz nada sozinho. Tivemos o apoio e a parceria de muita gente que ama essa cidade”, frisou.
Hospital
Além da realização das cirurgias eletivas em várias especialidades, o local será porta aberta para ortopedia, traumas e queimaduras. Também será unidade ambulatorial para consultas em várias áreas da medicina. Para isso, são mais de três mil metros de área construída com 75 leitos, sendo dez de UTI, consultórios, salas de exames e toda a estrutura necessária para atender a população.
O projeto do novo hospital surgiu com a reestruturação da saúde em novembro de 2018, quando o então Cais Progresso foi desativado – devido às questões estruturais e sanitárias. Mesmo durante a pandemia da Covid-19, a obra seguiu em frente e está pronta para atender toda a população de Anápolis. Uma parte do hospital foi utilizada, inclusive, para ampliação dos leitos municipais de UTI no enfrentamento à pandemia.
Para funcionamento pleno e emergencial, foi feito o credenciamento de Organização Social para a gestão do hospital, a exemplo da UPA Pediátrica, considerada referência no setor e que contou, para sua inauguração, com o mesmo formato de licitação e contratação.
A inauguração da unidade resolve de vez o problema das condições precárias do antigo Hospital Municipal Jamel Cecílio, cujas instalações foram condenadas pela Vigilância Sanitária e que, após reforma completa deverá se transformar no Centro Municipal de Diagnósticos.