Parlamentar defende evento religioso e denuncia “perseguição camuflada” contra cristãos em Anápolis; Marcha reuniu milhares de fiéis e contou com presença de autoridades municipais e estaduais.
Por Richelson Xavier – Foto: Foto: Allyne Laís
A retomada da Marcha para Jesus, realizada no último sábado (18), após oito anos de interrupção, repercutiu na Câmara Municipal nesta segunda-feira (20). O vereador Wederson Lopes (União Brasil) usou a tribuna para defender o evento e rebater críticas que classificaram a manifestação religiosa como um ato político. “Foi uma Marcha para Jesus, não para homens. Dizer que aquilo foi um evento político é injustiça e perseguição religiosa”, afirmou o parlamentar.
Wederson lembrou que a Marcha é amparada por uma lei municipal que determina sua realização no terceiro sábado de outubro e destacou o trabalho do Conselho de Pastores de Anápolis, presidido pelo bispo Mozart, na coordenação do evento. Segundo ele, a iniciativa contou com apoio da Prefeitura, do Governo do Estado e da Câmara Municipal. “O Conselho conseguiu unir forças de vários segmentos, e todos abraçaram o projeto. Foi um momento de fé, louvor e comunhão da cidade com Deus”, disse.
O evento teve início às 14h, no Estádio Jonas Duarte, e se estendeu até as 23h, na Praça Dom Emanuel, com apresentações de bandas e artistas evangélicos, momentos de oração e pregações de pastores locais. Wederson destacou que, mesmo sob forte chuva, o público permaneceu no local. “Não foi uma chuva, foi uma tempestade. E o povo não arredou o pé. A praça continuou lotada até a última apresentação, da Aline Barros. Foi uma verdadeira Marcha para Jesus”, afirmou.
O parlamentar também comentou o episódio que gerou polêmica nas redes sociais, quando autoridades políticas — entre elas o governador Ronaldo Caiado, o prefeito Márcio Corrêa, o vice-governador Daniel Vilela e as primeiras-damas Gracinha Caiado e Carla Corrêa — fizeram breves pronunciamentos. “Foram apenas 30 ou 40 minutos de fala em um evento de nove horas. Nenhum vereador falou, nem o vice-prefeito. É injusto usar isso para tentar manchar um evento que glorifica a Deus”, declarou.
Wederson concluiu seu discurso com tom de indignação, afirmando que existe uma tentativa velada de desacreditar manifestações cristãs na cidade. “Há uma perseguição religiosa disfarçada em Anápolis. Enquanto eu estiver aqui, vou defender as igrejas, os pastores e os cristãos desta cidade. Não aceitarei que deturpem a fé do povo”, afirmou.