Deputado goiano questiona gastos públicos e pressiona corte de contas sobre evento realizado durante o G-20 no Rio de Janeiro.
Por Redação
O Tribunal de Contas da União (TCU) abriu nesta segunda-feira (18) uma investigação contra o Festival de Cultura Aliança Global contra a Fome e a Pobreza, realizado durante a reunião do G-20 no Rio de Janeiro. O evento, apelidado de “Janjapalooza” devido ao envolvimento da primeira-dama Janja Lula da Silva, teve seus gastos questionados em representações de diversos parlamentares, entre eles o deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO).
O festival, financiado por empresas estatais como Petrobras e Itaipu, custou cerca de R$ 33,5 milhões e incluiu shows de artistas renomados como Zeca Pagodinho, Ney Matogrosso e Daniela Mercury, com entrada gratuita. Gayer havia protocolado um pedido de investigação junto ao TCU alegando o uso indevido de recursos públicos para pagamento de cachês que, segundo ele, ultrapassaram R$ 870 mil. A ação se soma a representações de outros parlamentares, como Sanderson (PL-RS) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP).
“Nem sabemos qual é o interesse público desse evento”, declarou Sanderson, enquanto Gayer denunciou os gastos como “exorbitantes”. Apesar da abertura da investigação, o TCU, que atua como uma corte administrativa, ainda não emitiu parecer sobre a licitude dos custos. Caso irregularidades sejam constatadas, o tribunal poderá exigir a devolução dos valores aos cofres públicos.
A polêmica ganhou ainda mais repercussão quando Janja, durante o evento, fez críticas ao empresário Elon Musk e elogiou o ministro Alexandre de Moraes. A pressão gerada pelas denúncias de Gayer e outros parlamentares pode determinar os rumos dessa análise, ampliando o escrutínio sobre o uso de recursos públicos em eventos culturais.
Com informações da Revista Veja