Proposta assegura a moradores do campo o direito de adquirir armas para proteção das famílias e propriedades rurais.
Por Richelson Xavier
Anápolis, Goiás – 06 de dezembro de 2024 – A Comissão de Agricultura, Pecuária, Abastecimento e Desenvolvimento Rural da Câmara dos Deputados aprovou, nesta quarta-feira (4), o projeto de autoria do senador Wilder Morais (PL-GO) que autoriza a compra de armas para moradores de imóveis rurais. A medida é vista como uma vitória histórica para as famílias do campo, garantindo um direito há muito reivindicado por aqueles que vivem longe dos centros urbanos.
O projeto, já aprovado no Senado, modifica o Estatuto do Desarmamento para permitir que cidadãos maiores de 21 anos residentes em áreas rurais possam adquirir armas de fogo de uso permitido, desde que atendam aos critérios legais, como passar por avaliação psicológica e treinamento adequado. A proposta também define que o uso das armas seja restrito ao “domicílio rural”, que abrange não só a residência principal, mas toda a extensão do imóvel, incluindo áreas de plantação e criação de animais.
Para o senador Wilder Morais, a iniciativa preenche uma lacuna na segurança das famílias do campo. “Essas pessoas vivem em locais isolados, muitas vezes a dezenas de quilômetros de um posto policial. Garantir que elas possam proteger suas vidas, suas famílias e suas propriedades não é um privilégio, é uma necessidade. Elas enfrentam riscos diários, seja por criminosos ou animais silvestres”, afirmou.
A aprovação na comissão é um reflexo do apoio da bancada do agro às demandas do Brasil rural. Wilder Morais ressaltou a importância do projeto para fortalecer a segurança e a dignidade no campo. “Nada mais justo do que assegurar proteção mínima para quem sustenta o Brasil com seu trabalho duro e dedicação. Estamos confiantes de que o Congresso continuará apoiando essa causa tão necessária.”
O projeto agora será analisado pelas Comissões de Segurança Pública e de Constituição, Justiça e Cidadania da Câmara dos Deputados antes de seguir para votação no plenário. “Estamos certos de que esse é um passo importante para corrigir uma lacuna histórica na proteção das famílias do campo. Vamos continuar trabalhando para que esse direito seja assegurado em lei”, concluiu o senador.