Frederico Godoy denuncia que apenas quatro empresas permanecem no projeto; empresários pedem flexibilização de regras e redução de preços dos terrenos.
Por Richelson Xavier – Foto: Allyne Laís
O vereador Frederico Godoy (Agir) usou a tribuna da Câmara Municipal de Anápolis, na sessão desta terça-feira (11.fev), para alertar sobre os desafios que o DaiaPlan enfrenta para atrair investimentos. Representando o Fórum Empresarial de Anápolis, Godoy revelou que, das 16 empresas selecionadas no primeiro edital, apenas quatro permanecem no projeto, com expectativa de gerar apenas 100 empregos e ocupar pouco mais de 30 mil metros quadrados de um terreno que possui mais de 1 milhão de metros quadrados disponíveis.
“As regras atuais estão afastando os empresários. A burocracia para aprovar projetos, a demora na anuência da Companhia de Desenvolvimento Econômico de Goiás (Codego) e a insegurança jurídica são obstáculos que precisam ser superados”, afirmou Godoy. Ele também criticou o valor dos terrenos, que, segundo ele, é 50% superior ao praticado no mercado, e propôs que os empresários paguem apenas 20% do valor à vista, com os 80% restantes sendo descontados em CMS e ISS.
O vereador destacou que grandes empresas, como Café Rancheiro e Brainfarma, desistiram de participar do DaiaPlan devido às dificuldades impostas pelos editais. “O Café Rancheiro, por exemplo, tinha interesse em ocupar 100 mil metros quadrados, mas optou por se instalar no Espírito Santo, mais próximo do porto”, explicou.
Godoy elogiou a receptividade do presidente da Codego, Francisco Júnior, e do superintendente da Secretaria de Comércio, Leandro Ribeiro, que se mostraram abertos a revisar as regras para o próximo edital. “Tomara que essas mudanças venham para favorecer os empresários, que são os geradores de emprego e riqueza para a cidade”, concluiu.
Além disso, Godoy destacou a importância do início do ano legislativo para discutir propostas que fortaleçam a economia local e atraiam novos investimentos para Anápolis. “Precisamos criar um ambiente favorável para que as empresas queiram se instalar aqui, gerando empregos e movimentando a economia”, finalizou.