Governador Ronaldo Caiado explicou, em entrevista à imprensa, que a transmissão do coronavírus não se dá pelo ar, é necessário contato com gotículas salivares, e que brasileiros e seus familiares, que serão acolhidos na Base Aérea, não estão contaminados
Por Redação
O governador Ronaldo Caiado procurou tranquilizar os goianos, especialmente anapolinos, após o Governo Federal anunciar que a Base Aérea de Anápolis irá receber, em regime de quarentena, os brasileiros e familiares que estão na cidade Wuhan, na China, epicentro do surto de coronavírus, e que serão repatriados. A previsão é que eles cheguem sábado (08/02). “As pessoas em quarentena não terão contato algum com a população de Anápolis”, assegurou o governador, nesta tarde de terça-feira (04/02), em coletiva após solenidade no auditório Mauro Borges, do Palácio Pedro Ludovico Teixeira . E reforçou que não há risco para os goianos, já que a transmissão do vírus não se dá pelo ar.
Hoje uma equipe do Governo Federal esteve em Anápolis para inspecionar a Base Aérea. “Estamos cumprindo todas as exigências internacionais”, afirmou o governador. Caiado, que é médico, esclareceu que a transmissão da doença só é possível por meio de contato com gotículas expiradas por quem está com o vírus. “A pessoa só pode ser contaminada se alguém falar na sua frente, por exemplo”, explicou. Além disso, atestou, a capacidade de progredir dessa doença é zero no sistema de quarentena.
Segundo o governador, após a decisão da União, cabe ao Governo de Goiás tranquilizar a população. “Estamos agindo com responsabilidade. Sabemos muito bem que essas pessoas irão chegar e ir direto à Base Aérea de Anápolis. Elas serão totalmente isoladas”, reafirmou Caiado. Todo trabalho será acompanhado pelos Ministérios da Saúde e da Defesa.
Além disso, só serão colocados em quarentena na Base Aérea os cidadãos que não apresentarem qualquer sintoma do coronavírus. Caso alguém, ao ser repatriado, apresente sintomas será levado diretamente para o Hospital das Forças Armadas, em Brasília. “Peço a todos que tenham responsabilidade neste momento para não tentar criar uma situação que inexiste. Nós temos responsabilidade”, conclamou o governador
Caiado destacou que essa é uma situação que ninguém gostaria de viver, mas que nesse momento é preciso agir com sentimento da solidariedade e patriotismo. “E se fosse um filho seu lá na China? Eu me sentiria imensamente frustrado se meu Estado se negasse a receber essas pessoas com todo o esquema de segurança”, comparou. O governador disse que o povo brasileiro jamais deixará de acolher seus filhos e irmãos. “Isso mostra que o Brasil é um País que tem solidariedade, amor ao próximo e compromisso com seus conterrâneos. É isso que enxergo. Ninguém está fazendo um gesto irresponsável”, finalizou.
Com informaçãos da Secretaria de Comunicação