Deputado do PL anuncia convocação do ministro da Previdência após operação da PF que revelou fraude de R$ 6,3 bilhões em benefícios de aposentados.
O deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) usou suas redes sociais nesta quarta-feira (23) para criticar duramente o esquema de descontos ilegais em benefícios do INSS, revelado pela Operação Sem Desconto da Polícia Federal. “Milhares de brasileiros tiveram valores descontados sem autorização, com assinaturas falsificadas e participação direta de sindicatos”, denunciou o parlamentar, em referência à fraude de R$ 6,3 bilhões identificada entre 2019 e 2024. Ferreira destacou com ironia o envolvimento do SINDNAPI/FS, sindicato que tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Lula: “Deve ser só coincidência… ou talvez um dom familiar”.
O deputado mineiro anunciou medidas concretas para pressionar o governo. “Vou apresentar um requerimento de informações e convocar o ministro da Previdência para explicar à Comissão de Fiscalização da Câmara como esse esquema se manteve por tanto tempo”, afirmou Ferreira. A operação da PF investiga oito entidades, incluindo o SINDNAPI/FS – que recebeu R$ 77,1 milhões em 2024 e teve convênios suspensos -, além de empresas de fachada usadas para lavar recursos desviados.
Enquanto a PF já cumpriu 211 mandados de busca e apreensão, com bloqueio de R$ 1 bilhão em bens, Ferreira busca ampliar o escrutínio político sobre o caso. Apesar da nota do SINDNAPI/FS afirmando apoio às investigações, a CGU já determinou que a entidade responderá criminalmente. O caso ganha contornos políticos sensíveis pela proximidade de Frei Chico com o Planalto, ainda que não haja indícios de envolvimento do presidente Lula. A atuação de Nikolas Ferreira reforça a estratégia da oposição de transformar o caso em um dos principais temas de debate no Congresso.
Hoje foi revelado um escândalo envolvendo o desconto indevido de R$ 6,3 bilhões dos benefícios de aposentados e pensionistas do INSS. Milhares de brasileiros tiveram valores descontados sem autorização, com uso de assinaturas falsificadas e a participação direta de sindicatos.…
— Nikolas Ferreira (@nikolas_dm) April 23, 2025