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Congressistas criticaram as falas recentes do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) que classifica o impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como um “golpe”. Nas redes sociais, parlamentares cobraram do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes medidas contra a desinformação propagada pelo chefe do Executivo no exterior.
Nesta semana, o petista fez duas declarações públicas nesse sentido: uma delas na última segunda-feira (23), ao lado do presidente da Argentina, Alberto Fernández, e do ex-presidente da Bolívia Evo Morales. A outra nesta quarta (25), em reunião com o presidente uruguaio Luis Alberto Lacalle Pou em Montevidéu.
– Vocês sabem que depois de um momento auspicioso no Brasil, quando governamos de 2003 a 2016, houve um golpe de Estado. Se derrubou a companheira Dilma Rousseff com um impeachment, a primeira mulher eleita presidenta da República do Brasil – disse Lula na Argentina.
Nas redes sociais, o senador Eduardo Girão (Podemos-CE) questionou se o presidente será incluído no inquérito das fake news por descrever como golpe um processo legítimo. Na postagem, ele respondia a uma publicação da comentarista política Ana Paula Henkel.
– Se o ex-presidente Michel Temer é golpista como afirma o atual presidente Lula, então o ministro Alexandre de Moraes, indicado por Temer para o STF, também é golpista e ilegítimo? Um amigo está perguntando – escreveu Henkel.
– Pois é… boa pergunta do seu amigo, Ana Paula! Mas tomo a liberdade de complementar com outra pergunta: se o presidente Lula produziu FAKE NEWS ANTIDEMOCRÁTICA com essa fala, ele será incluído em alguns dos inquéritos ilegais? A “saideira” agora: com ou sem o devido processo legal? Paz & Bem – completou Girão.
O deputado Marcel van Hattem (Novo-RS) também se expressou sobre o tema:
– Já faz mais de 24 horas que Lula atacou as instituições brasileiras, Congresso e STF, chamando o impeachment constitucional de Dilma Rousseff de golpe de Estado. Alguém sabe dizer se o ministro Alexandre de Moraes já incluiu o extremista de esquerda no inquérito das fake news? – perguntou.
Para o deputado federal Carlos Jordy (PL-RJ), o petista tenta “reescrever a história”.
– Lula tenta reescrever a história, fomentando a narrativa de golpe contra Dilma. Esse é o sujeito que disse que queria pacificar o Brasil: promovendo um ataque institucional e ao processo legítimo de impeachment que teve apoio da maioria esmagadora da população. O amor venceu! – ironizou.
O deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL-PR) considerou as falas do presidente como “ataque brutal” aos Poderes Legislativo e Judiciário no Brasil.
– Na Argentina, Lula diz que o impeachment de Dilma foi um golpe de Estado. É um ataque brutal do chefe do executivo ao Congresso Nacional e ao STF, que executaram o Impeachment. Lula tem licença pra atacar as instituições democráticas? – questionou.
Com informações do site Pleno News