Secretário de Transportes Metropolitanos de SP foi preso em operação da PF, que apura fraudes em contratos na área da Saúde em SP e no Rio
Por R7 – Foto: Reprodução
O secretário de Transportes Metropolitanos de São Paulo, Alexandre Baldy, preso nesta quinta-feira (6) em operação da Polícia Federal, afirmou em nota divulgada pela assessoria de imprensa que “foi desnecessário e exagerado determinar uma prisão por supostos fatos de 2013, ocorridos em Goiás, dos quais sequer participou”.
O comunicado destaca que o secretário “tem sua vida pautada pelo trabalho, correção e retidão e que sempre esteve à disposição para esclarecer qualquer questão, jamais havendo sido questionado ou interrogado, com todos os seus bens declarados, inclusive os que são mencionados na situação”.
Por fim, a nota divulgada à imprensa ressalta que a “medida é descabida e as providências para a sua revogação serão tomadas”.
Baldy foi preso em casa, nos Jardins, área nobre da capital paulista. A PF também esteve em um imóvel ligado ao secretário em Brasília. No local, foram apreendidos R$ 90 mil em dinheiro. A quantia estava dividida em cofres.
Os policiais também fizeram buscas na sede da Secretaria dos Transportes Metropolitanos, em São Paulo, mas nenhum documento ou equipamento foi levado.
Afastamento do cargo
Na terça-feira (4), foi publicada no Diário Oficial do Estado de São Paulo a autorização para afastamento do secretário Baldy do cargo entre os dias 4 e 5, para tratar de assuntos de interesse particular. A publicação informa que o afastamento não gera “quaisquer ônus para o Estado”.
O pedido de afastamento temporário se deu dois dias antes da prisão.
Também em comunicado, o governador João Doria (PSDB) afirmou que “tem convicção de que Baldy saberá esclarecer os acontecimentos e colaborar com a Justiça”.
“Os fatos que levaram às acusações contra Alexandre Baldy não têm relação com a atual gestão no governo. Portanto, não há nenhuma implicação na sua atuação na Secretaria de Transportes Metropolitanos”, escreveu o governador.
Operação Dardanários
A operação Dardanários pretende desarticular um esquema entre empresários e agentes públicos com a finalidade de realizar contratações dirigidas, especialmente na área da saúde. A força tarefa da Lava Jato iniciou a ação para barrar desvios na saúde no Rio de Janeiro e em São Paulo, envolvendo órgãos federais.
São cumpridos seis mandados de prisão e 11 de busca e apreensão nas cidades de Petrópolis (RJ), São Paulo e São José do Rio Preto (SP), Goiânia (GO) e Brasília (DF). Os mandados judiciais foram expedidos pela 7ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro.
Antes de assumir o cargo no governo João Doria (PSDB), Baldy foi eleito deputado federal em 2014, mas licenciou-se em novembro de 2017 para assumir o Ministério das Cidades durante o governo Temer. Antes de ser deputado, foi secretário de Indústria e Comércio de Goiás, entre 2011 e 2013.
Segundo o Ministério Público Federal no Rio, foi decretado o bloqueio de mais de R$ 12 milhões dos investigados.
Com informações do Noticias R7.