Integrante da CPI do MST no estado de Goiás, deputado Gustavo Gayer revela alegadas irregularidades e exploração política nas invasões, enquanto confronto com manifestantes é registrado em vídeo.
Por Richelson Xavier
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) acompanhou os membros da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que está conduzindo diligências no estado de Goiás para investigar questões relacionadas ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST). Durante uma das visitas da CPI, que teve como destino a fazenda invadida São Lucas no município de Hidrolândia, um momento tenso se desdobrou, capturado em vídeo.
Por meio das redes sociais do deputado, um vídeo foi divulgado, mostrando o momento em que integrantes do MST se aproximaram de Gustavo Gayer de forma intensa e exaltada. Nesse contexto, o deputado trouxe à tona uma denúncia relevante sobre alegadas invasões de terras: “Estamos em Hidrolândia, bem ali tem pessoas dizendo que são pessoas humildes que vieram aqui para procurar terra, só que na verdade, tá vendo esses carros aqui e tem carro até perder de vista do lado de lá, continua. São dessas pessoas que, de acordo com o morador daquela casa, ali ó, essas pessoas vêm aqui no final de semana para fazer volume, tirar foto e durante a semana voltam para suas casas trabalhar. São pessoas que estão sendo usadas como instrumento político. Sendo escravizadas aqui, e servem apenas para roubar dinheiro e colocar na mão de alguns líderes, assim como colocar alguns deputados do parlamento.”
O deputado Gustavo Gayer enfatizou a suposta exploração política das invasões, argumentando que determinados indivíduos estariam sendo mobilizados apenas para fins de criação de imagem, notadamente aos fins de semana, com o intuito de obter fotos e exposição na mídia.
Nesta segunda-feira (14.ago), as atividades da CPI do MST em Goiás prosseguiram. Os participantes da comissão se reuniram com o prefeito José Délio Alves Júnior na prefeitura de Hidrolândia, visitaram a fazenda São Lucas, alvo de invasões, e ainda realizaram uma visita à sede do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), buscando obter informações detalhadas sobre os desdobramentos do MST na região.