Segundo a psicóloga clínica Lara Bernardes, comportamentos de controle, humilhação e invalidação emocional comprometem o desenvolvimento dos filhos e podem gerar traumas profundos ao longo da vida.
Por Richelson Xavier – Foto: Reprodução/Instagram
A psicóloga clínica Lara Bernardes fez um alerta sobre os impactos psicológicos causados por pais com traços narcisistas e perversos, destacando que esse tipo de comportamento parental pode comprometer de forma significativa o desenvolvimento emocional e a saúde mental dos filhos.
De acordo com a especialista, pais narcisistas tendem a enxergar os filhos como uma extensão do próprio ego, exigindo desempenho e perfeição não para favorecer o crescimento da criança, mas para reforçar sua própria imagem. Segundo ela, esse padrão se manifesta em cobranças excessivas, invalidação constante dos sentimentos e comparação frequente, o que faz com que a criança cresça tentando corresponder às expectativas impostas.
Lara explica que frases que minimizam emoções, como a desqualificação da sensibilidade da criança, são comuns nesse contexto, assim como a competição com o próprio filho e a manipulação por meio da culpa. Nesses casos, o filho passa a sentir que está sempre em dívida emocional com os pais, o que gera insegurança, submissão e medo constante de desagradar.
A psicóloga também diferencia esse perfil do comportamento dos chamados pais perversos, apontando que, nesse caso, os danos tendem a ser ainda mais severos. Segundo ela, enquanto o narcisismo busca admiração, a perversidade tem como objetivo o domínio absoluto. Pais perversos utilizam humilhações, ameaças e exposição pública como instrumentos de controle, criando um ambiente de medo permanente.
Entre as práticas citadas estão agressões verbais, ridicularização, intimidação e isolamento social da criança, além da destruição sistemática da autoestima como método educativo. Lara Bernardes ressalta que esse tipo de relação gera traumas profundos e compromete a capacidade do indivíduo de confiar em outras pessoas ao longo da vida.
Segundo a especialista, filhos criados em ambientes marcados por abuso emocional tendem a viver em estado de alerta constante, com dificuldades de estabelecer vínculos saudáveis e com maior risco de desenvolver transtornos emocionais na vida adulta. O alerta, segundo ela, reforça a importância de reconhecer comportamentos abusivos no ambiente familiar e buscar apoio psicológico para romper ciclos de sofrimento.













