Por Allan Macedo Silva
O Dia da Independência do Brasil se comemora no dia 7 de setembro de 1822, data que ficou conhecida pelo episódio do “Grito do Ipiranga”.
A Independência do Brasil deu os primeiros passos às margens do Rio Ipiranga, hoje atual cidade de São Paulo. O Príncipe Regente Dom Pedro ordenou aos soldados que o acompanhavam que jogassem fora os símbolos portugueses que levavam nos uniformes.
Em seguida, gritou “Independência ou Morte” e a partir desse momento, simbolicamente, o Brasil não era mais uma colônia de Portugal.
Logo após a Independência, o Brasil continuou a ser uma Monarquia, forma de governo onde os poderes são exercidos por um Rei ou Imperador.
Havia brasileiros que queriam uma democracia, outros uma república (que só veio em 1889), terceiros uma federação (como a dos EUA). Todos os interesses das (ainda pequenas) elites parasitárias (traficantes de escravos, fazendeiros, senhores de engenho, pecuaristas, charqueadores, comerciantes, padres e advogados envolvidos com o poder) foram preservados (mantendo-se, evidentemente, apesar da elaboração de uma das constituições mais “liberais” e “avançadas” do mundo – Constituição de 1824 -, a escravidão).
No papel o Brasil era “liberal”; na prática, escravocrata. Essa falta de sintonia entre o que as leis prescrevem e o que é, na verdade, a realidade, continua até hoje. As mentiras que as leis contam são flagrantes, a começar pelas emblemáticas frases de efeito de que “todo o poder emana do povo”, “todos são iguais perante a lei” etc.
Coitado do povo, tanto antes como dois séculos depois: continua repleto de ignorância, de ódio, de desconfiança, de revolta, enojado com as iniquidades, as injustiças e as desigualdades, geradas por uma classe dominante parasitária (sobretudo a política) que tudo faz para que nada se altere, para que as fontes da sua parasitagem não sequem jamais, embora esse processo seja irreversível, porque um dia o parasitado (seja o escravo, seja o erário público, seja o povo explorado) morre de inanição e todos naufragam. Assim se passou com o Império romano, assim ocorreu com o império Português e Espanhol etc. Nenhuma nação parasitária dura eternamente, porque seus órgãos vão se atrofiando, até chegar ao desaparecimento.
Mas, e este 07 de setembro de 2021, qual o seu significado?
Assim como a 199 anos atrás, neste 07 de setembro, os brasileiros irão às ruas, gritar por liberdade, gritar pelo direito de termos uma nação, onde possamos ter nossos direitos constitucionais garantidos, onde possamos ter nosso direito de nos expressar, nosso direito de expressar nossas opiniões livremente. Não podemos mais, ver pessoas de bem serem presas e perseguidas, simplesmente por falar aquilo que sentem.
Assim, como a 199 anos atrás, queremos ser uma democracia, não queremos ser governados, por pessoas que não tiveram nenhum voto nas urnas, pessoas que não foram escolhidas por nós. Não podemos permitir que o Brasil volte ao regime escravocrata, onde 11 “notáveis” ditam os rumos do nosso país.
Não podemos continuar de joelhos frente a classes dominantes parasitárias. Queremos harmonia entre os poderes, queremos respeito mútuo entre eles, queremos que cada desempenhe somente aquilo que é seu papel. Queremos democracia, queremos liberdade, queremos transparência, queremos jogo limpo.
Neste 07 de setembro, devemos sim ir às ruas, com muito patriotismo, com civilidade, com respeito, com ordem, mostrar que realmente o poder emana do povo, que são eles que tem que fazer aquilo que queremos. Legislativo e Judiciário, não podem simplesmente virar as costas para o anseio popular.
O povo unido, jamais será vencido. Viva o Brasil livre!!!!!!
Foto: Agência Brasil