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A decisão do vice-procurador-geral eleitoral Paulo Gustavo Gonet Branco que concedeu parecer favorável sobre a possibilidade de candidaturas isoladas ao Senado deixa os goianos pré-candidatos à vaga animados. O primeiro a defender essa nova categoria de candidatura, presidente do Progressistas Goiás, Alexandre Baldy, está seguro de que essa possibilidade será confirmada nestas eleições.
Baldy acredita que a decisão dá segurança jurídica para todo o processo eleitoral. “Todos os nomes [pré-candidatos] têm a ganhar com isso. Restringir candidaturas é muito ruim para o eleitor. Quem ganha é a democracia”, defende. Baldy também defende que essa possibilidade pode favorecer o governador Ronaldo Caiado (UB) que, em meio a decisões de formação de uma chapa majoritária, fica livre para nomear um candidato sem precisar excluir outros da disputa.
O parecer sobre as candidaturas isoladas ainda aguarda uma definição do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Mas caso seja confirmada, deve favorecer outros cinco pré-candidatos ao Senado por Goiás que pleiteiam o apoio de Caiado. Ao todo, dez nomes já foram lançados em Goiás para disputar a única cadeira no Senado este ano.
Essa demora para o governador em escolher seu ‘pupilo’ veio depois da saída de Henrique Meirelles (antes no PSD e agora no União Brasil) da corrida eleitoral ao Senado por Goiás. Seu nome era ventilado como o favorito para compor com Caiado, visto que era um nome leve, com capacidade financeira favorável para campanha e estava bem avaliado nas pesquisas de intenção de voto. Baldy acredita que tem o mesmo perfil e pode facilmente assumir esse lugar, mas ‘caso o govenador não tome essa decisão, sua candidatura avulsa estará garantida’.
O TSE ainda não tem data para julgar a questão das candidaturas avulsas. Enquanto isso, os partidos nutrem essa expectativa de que a Corte libere mais de um candidato ao Senado por chapa de governador, resolvendo os impasses para a formatação de palanques.
PGE
Antes da sinalização positiva de Gonet, em fevereiro, a chefe da assessoria consultiva do tribunal, Elaine Carneiro, enviou parecer técnico favorável às candidaturas isoladas ao ministro Edson Fachin, relator da ação e presidente do TSE. No mesmo entendimento, o vice-procurador-geral eleitoral afirmou não ser possível que partidos coligados para governo formem aliança distinta para disputar ao Senado. Na sequência, ele esclareceu que há possibilidade de candidaturas isoladas para o cargo, mesmo por legendas que estejam aliadas na disputa ao governo.