Comentarista da CNN compara gestões: presidente americano avança em agenda conservadora, enquanto brasileiro lida com inflação e promessas não realizadas.
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Em análise para a CNN Brasil, o comentarista político Caio Coppolla traçou um paralelo entre os governos de Donald Trump, em seus primeiros 100 dias no cargo, e Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que completa dois anos e quatro meses de mandato. O quadro revela diferenças marcantes: o republicano avança no cumprimento de promessas enquanto o petista enfrenta desgaste por metas não alcançadas.
Coppolla destacou que Lula, que em 2022 criticou indicações políticas ao STF, nomeou para a Corte seu ex-advogado pessoal e aliados – movimento classificado como “quebra de promessa”. Já Trump agiu rapidamente para revogar políticas de ações afirmativas em universidades e definir competições esportivas por sexo biológico. “Houve restauração de critérios baseados em mérito, não em identidade”, afirmou o analista, citando ainda a redução de 96% na imigração ilegal nos EUA.
No campo econômico, o contraste é ainda mais evidente. Enquanto os EUA registram inflação mensal de 0,1%, com quedas nos preços da energia (3,3%) e gasolina (10%), o Brasil enfrenta alta no custo de alimentos básicos – incluindo a picanha, símbolo usado por Lula na campanha. “O conselho do presidente foi que a população ‘não comprasse’ produtos caros”, lembrou Coppolla, referindo-se a reportagens que mostram 58% dos brasileiros reduzindo consumo de alimentos.
O comentarista também apontou que, além de não cumprir promessas ambientais e de transparência, Lula vê sua popularidade pressionada pela crise econômica. Trump, por outro lado, teria resolvido “o problema mais urgente” (imigração ilegal) em tempo recorde, além de cortar impostos e repatriar indústrias. “Independente de opiniões sobre suas políticas, Trump entrega o que promete – algo ainda distante no Brasil”, concluiu.
A análise gerou reações divididas. Especialistas pró-governo argumentam que fatores globais impactam a economia brasileira, enquanto opositores reforçam que o Planalto não cumpriu metas internas.