Todos os dias pessoas idosas são “largadas” a própria sorte. Muitas vezes abandonadas por suas famílias, pela dificuldade de manter mais um ente em seus lares, por não ter apoio do governo através da saúde e do acompanhamento necessário.
Por Cleide Hilário
A população brasileira nos últimos anos vem mudando o perfil, ao contrário do que pensamos, nosso país não é só de jovens. O contingente de moradores idosos no Brasil aumentou quase 40% nos últimos anos.
Mas o que devemos pensar a partir desses dados? O que significa envelhecer bem? Para muitos, envelhecer bem é ter saúde física e mental, mas para que isso possa acontecer de forma natural, é preciso condições e estruturas na organização da sociedade.
Temos um grande desafio pela frente, pois educar a população sobre os direitos dos idosos e ainda, preparar a sociedade para esse novo público não é tarefa fácil. Como voluntária do social há mais de vinte anos, percebo o quanto essa classe sofre em nosso país.
Todos os dias pessoas idosas são “largadas” a própria sorte. Muitas vezes abandonadas por suas famílias, pela dificuldade de manter mais um ente em seus lares, por não ter apoio do governo através da saúde e do acompanhamento necessário.
Mas será os idosos apenas esses senhores e senhoras debilitados e acima de 60 anos de idade? Não, com esse aumento da população de forma acelerada em nosso país, vimos pessoas com idades avançadas, mas com toda a sede e disposição para viver.
Pessoas com mais de 65 anos, em plena atividade laboral, que lutam e acordam cedo todos os dias, que colaboram para o desenvolvimento de sua cidade, mas que muitas vezes não tem o valor reconhecido.
É preciso pensar em políticas públicas que favoreçam essa classe, tratar o envelhecimento com toda a importância que ele requer e com toda a urgência que hoje essa política precisa ter aqui no Brasil.
Para isso, faço questão de trazer sempre que posso, esse tema para as discussões, aos projetos de leis de nosso município, tentando dar a devida atenção que o assunto merece. Pois é dever da família, sociedade e principalmente do poder público, ter esse olhar diferente por essas pessoas que tanto já fizeram por nosso país.
Já temos uma perspectiva de como será o cenário do Brasil nos próximos anos, precisamos trabalhar desde já, pois o idoso do amanhã seremos nós. Se juntos, começarmos a ter esse olhar diferenciado, oferecendo propostas não só nas áreas de saúde, mas no social e no previdenciário, teremos um país pronto para ser maduro e com idosos que tenham qualidade de vida garantida.
Cleide Hilário, é casada, mãe, cristã e conservadora. Bacharel em direito, Vereadora em Anápolis e Procuradora Especial da Mulher na Câmara Municipal de Anápolis. Trabalha em prol do social há mais de 20 anos, defende bandeiras das mulheres contra a violência doméstica, do idoso e da criança. Faz parte do partido Republicanos desde 2007, que defende bandeiras como família, a fé e o conservadorismo. Instagram @cleidehilario10