Gustavo Gayer solicita informações ao governo sobre possível interferência em narrativas econômicas e alerta para riscos à liberdade de expressão e ao mercado de capitais.
Por Richelson Xavier
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) apresentou um requerimento à Câmara dos Deputados solicitando esclarecimentos sobre a atuação da Procuradoria Nacional da União de Defesa da Democracia (PNDD), vinculada ao chamado “Ministério da Verdade”. O órgão é acusado de interferir no mercado financeiro ao enviar ofícios à Polícia Federal e à Comissão de Valores Mobiliários (CVM), para apurar supostos crimes relacionados à disseminação de informações sobre o dólar e o mercado de capitais. Gayer questiona a legalidade e os limites dessa intervenção, apontando riscos à liberdade de expressão e à confiança no sistema econômico do país.
O requerimento apresenta 18 perguntas direcionadas ao Ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência da República. Entre os pontos levantados, estão as competências do PNDD para interferir em questões econômicas, os possíveis impactos dessas ações sobre investidores e a garantia de que as instituições envolvidas não sejam instrumentalizadas para interesses políticos. Gayer também questiona se tais medidas configuram uma tentativa de censura ou controle de narrativas econômicas, sugerindo que o governo pode estar ultrapassando os limites da regulação legítima.
A justificativa do requerimento critica a suposta ingerência do governo, ressaltando que a liberdade de opinião econômica é um pilar essencial para a democracia e o mercado financeiro. Segundo Gayer, a intervenção do PNDD em temas como o câmbio e a política monetária ameaça o ambiente econômico, podendo gerar insegurança e desconfiança entre investidores. O deputado alerta para os perigos de precedentes autoritários e para o impacto negativo dessas ações na estabilidade do mercado.
Gayer finaliza o documento pedindo uma ampla discussão sobre os limites da atuação governamental nas questões econômicas e a necessidade de preservar a transparência e a liberdade de expressão no Brasil. A independência das instituições reguladoras, segundo o parlamentar, é fundamental para evitar a erosão das bases democráticas e garantir um ambiente de negócios estável e confiável.