Pesquisadores de Ribeirão Preto (SP) requisitam à Anvisa autorização para avaliar em voluntários no país a eficácia do imunizante com tecnologia desenvolvida na faculdade de medicina
Por Redação – Foto: Reprodução
O Governo Federal anunciou, nesta quinta-feira (26), um projeto para a produção de imunizante 100% nacional contra a covid-19. O projeto, monitorado pelo Ministério da Saúde e financiado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) foi protocolado junto à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para realização de estudo fase 1 e 2 de uma vacina brasileira.
“O importante é vacinar a população brasileira. Esse é o principal ativo para acabar com a pandemia, que é o que todos nós queremos. Quero ratificar o compromisso do Governo Federal com a pesquisa, por meio dos Ministérios da Saúde e da Ciência e Tecnologia, e queremos que haja parceria com a iniciativa privada, com a indústria farmacêutica, universidades para conseguirmos ampliar as pesquisas no Brasil”, destacou o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga.
Pesquisadores da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), coordenados pelo Prof. Célio Lopes, em parceria com a empresa Farmacore Biotecnologia e a PDS Biotechnology (EUA), desenvolveram o imunizante Versamune®️-CoV-2FC já realizando os estudos pré-clinicos em animais. Agora, após análise da Anvisa, a equipe terá apoio financeiro do governo federal para realização de testes em 360 voluntários.
Os resultados dos estudos não-clínicos (toxicidade e imunogenicidade) obtidos até o momento demonstram qualidade e competitividade para ser um sucesso nacional e global no controle da covid-19. A vacina demonstrou capacidade de ativar todo o sistema imunológico – imunidade humoral, celular e inata, induzir memória imunológica e proteção de longo prazo.
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações, Marcos Pontes, destacou os projetos brasileiros para desenvolvimento de imunizantes, e exaltou a qualidade e os resultados obtidos pelos cientistas do país.
“O desenvolvimento de vacina nacional é uma estratégia extremamente importante. Tendo o completo controle da vacina, a gente pode adaptar isso de acordo com nossa tecnologia. Primeiro porque existem mutações do vírus. Segundo, porque fica mais barato, e terceiro, que o desenvolvimento dessas tecnologias vai apoiar não só a vacina do covid, mas teremos a tecnologia para desenvolver rapidamente vacinas nacionais para outros vírus. Isso é estratégia de soberania nacional, e também permite vacinas para dengue, chikungunya e outras doenças”, ressaltou Pontes.
Segundo os procedimentos da Anvisa, a análise considerará a proposta do estudo, o número de participantes e os dados de segurança obtidos até o momento nos estudos pré-clínicos que são realizados em laboratório e animais.
Com informações do Ministério da Saúde