Deputado critica abordagem do filme produzido pela Globo Filmes por afastar-se da narrativa bíblica e abordar temas controversos para o público infantil.
Por Richelson Xavier
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) protocolou nesta segunda-feira (18) o Requerimento nº 4542/2024, solicitando a aprovação de uma moção de repúdio à animação “Arca de Noé”, produzida pela Globo Filmes. Segundo Gayer, o filme apresenta conteúdos inadequados para o público infantil ao reinterpretar a história bíblica do dilúvio e abordar temas que, em sua visão, desrespeitam os valores cristãos e familiares.
Em sua justificativa, o parlamentar destacou que a animação se afasta da narrativa tradicional da Arca de Noé, retratando o protagonista com características cômicas e incluindo diálogos considerados controversos, como a fala de uma personagem que questiona as intenções divinas e menciona famílias LGBTQIA+. Além disso, críticas apontam que o filme traz duplos sentidos e alusão a ideologias consideradas incompatíveis com conteúdos infantis. “Produções voltadas para crianças devem ser conduzidas com responsabilidade, respeitando as sensibilidades religiosas e culturais de nosso país”, defendeu Gayer.
A moção apresentada pelo deputado reflete preocupações de pais e educadores cristãos, que manifestaram insatisfação nas redes sociais e em avaliações públicas. Uma mãe relatou que abandonou a sessão com seus filhos, classificando a obra como “blasfêmia”, enquanto outros espectadores apontaram diálogos inadequados e tentativas de “confundir as crianças” com interpretações que fogem dos ensinamentos tradicionais da fé cristã.
Para Gustavo Gayer, produções voltadas ao público infantil devem promover valores educativos e morais que respeitem a diversidade cultural e religiosa do Brasil. Ele exortou os colegas parlamentares a apoiarem a moção e pediu que os responsáveis pela produção reavaliem o conteúdo da obra. “É essencial que o impacto de obras como esta seja analisado, principalmente no que diz respeito à preservação dos valores espirituais e familiares que sustentam a educação de muitas crianças brasileiras”, concluiu.
O requerimento segue agora para análise na Câmara dos Deputados, onde poderá ser debatido entre os parlamentares antes de uma eventual aprovação.