Navegando entre alertas e recordações, o Japão responde com firmeza a um novo desafio sísmico e nuclear.
Por Charlene Nogueira
Nesta segunda-feira (1º), a Agência de Meteorologia do Japão emitiu um alerta de tsunami para as regiões costeiras ocidentais de Ishikawa, Niigata e Toyama. A prefeitura de Ishikawa, na região de Noto, foi atingida por uma série de terremotos com magnitude preliminar de 7,6, levando a emissora pública japonesa NHK a alertar sobre ondas de até cinco metros. O risco de tsunami também se estendeu à Rússia, enquanto a Coreia do Sul monitora mudanças no nível do mar.
Mais de 30 mil residências ficaram sem energia, mas até o momento não há relatos de danos ou feridos. O Centro de Alerta de Tsunamis do Pacífico alertou para possíveis tsunamis perigosos em um raio de 300 quilômetros do epicentro. A situação se torna ainda mais preocupante considerando os antecedentes sísmicos da região, abalada por um terremoto em maio.
A rápida sequência de tremores na região de Noto, iniciando com um de magnitude 5,7, seguido por um tremor de 7,6 e diversos eventos sísmicos menores, desencadeou ações imediatas. Edifícios balançaram em Tóquio, levando as emissoras a interromperem a programação regular, instando os moradores a deixarem as áreas afetadas em busca de terrenos mais elevados.
O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou a criação de um centro de emergência para disseminar informações rapidamente. No entanto, destacou-se que as usinas nucleares nas áreas atingidas não registraram anormalidades. A usina de Shika, próxima ao epicentro, já havia parado seus reatores para uma inspeção regular antes dos tremores. A lembrança dos eventos de 2011 em Fukushima ressalta a importância de monitorar de perto o impacto em instalações nucleares.
De acordo com informações do site da Band, a situação está em constante evolução. O alerta emitido pelo Japão, aliado a ações preventivas e respostas governamentais, demonstra a urgência em enfrentar eventos naturais de grande escala.