A vereadora Anapolina Dra. Trícia Barreto durante a sessão relatou que os médicos não são contra bater o ponto, mas querem realizar seu trabalho em uma estrutura adequada
Por Isabella Cunha
Na sessão ordinária da última quarta-feira (29), a vereadora Dra. Trícia Barreto (MDB) explicou que os médicos da cidade não são contra o sistema para bater ponto, mas solicitam melhores estruturas para o trabalho. Os especialistas que prestam serviços ao Sistema de Saúde Único (SUS) relatam as péssimas condições do local e que têm dificuldades de realizarem um atendimento de qualidade à população.
A vereadora que é concursada na cidade desde 2012 ponderou que a regra de bater ponto já estava prevista quando realizou seu concurso público, e que os profissionais não batiam ponto, devido a um acordo com a última gestão, na qual cada médico atenderia 35 pacientes por dia. A parlamentar ainda comentou que no Cais Jardim Calixto, se colocar todos os efetivos, não será possível atender, pois não há consultório suficientes.
Dra. Trícia afirmou que possui preocupação ao atender pacientes que procuram atendimento para implantar o Dispositivo Intrauterino (DIU). Atualmente, a médica é a única na cidade que realiza o procedimento pelo SUS. “Não há consultório adequado para este atendimento. É obrigatório, norma da Vigilância Sanitária, que o consultório, para este atendimento, seja dotado de banheiro. Não tem. A sala é minúscula, sem ventilação, sem banheiro”, relata.
Ao final, a parlamentar ressaltou que a solicitação não é sobre bater ponto a fim de controlar as 20 horas semanais, mas que a luta é por um trabalho que beneficie o médico e paciente. “Não nos negamos a bater ponto. A luta é por dignidade no trabalho. Uma exoneração em massa seria muito prejudicial. Isso não é uma ameaça”, completou.