Foto: PCGO
Uma força-tarefa criada em Anápolis para apuração de crimes e irregularidades administrativas ocorridas em clínicas de reabilitação de usuários de drogas desencadeou mais uma ação na manhã do dia 26 de outubro de 2021. Na oportunidade, duas clínicas foram inspecionadas. Um proprietário foi preso por cárcere privado e um interno foi preso em cumprimento a mandado de prisão.
Foram realizadas diligências em uma clínica localizada no Bairro Sítio de Recreio Americanos do Brasil, onde foi constatado o cumprimento dos requisitos necessários para funcionamento e realização de internações de dependentes químicos, inclusive internações involuntárias. A Vigilância Sanitária fez uma inspeção no local e verificou que as instalações eram adequadas, bem como prestavam o tratamento adequado aos internos. O responsável pela clínica foi notificado pela Vigilância Sanitária apenas para adequação de documentação junto ao órgão.
Após verificar que não havia ilícitos criminais na primeira instituição visitada, as instituições envolvidas na ação se deslocaram até outra clínica, localizada no bairro Jardim Promissão, em desfavor da qual havia denúncias de que internos eram mantidos de maneira involuntária. No local, foi constatado que internos, de fato, eram mantidos no estabelecimento de maneira involuntária, sendo que alguns foram levados à força para o interior da clínica por monitores da unidade.
Ante a situação de flagrante, o coordenador responsável pela clínica foi preso em flagrante pelo crime de cárcere privado. Ainda durante a ação, um dos internos tinha um mandado de prisão em seu desfavor pendente de cumprimento. O respectivo mandado foi cumprido e o preso encaminhado à Unidade Prisional de Anápolis, onde ficará à disposição do Poder Judiciário.
Diante das irregularidades sanitárias, o estabelecimento foi interditado pela Vigilância Sanitária, tendo suas portas fechadas ao final da ação. Os internos foram acolhidos pela assistência social do município e encaminhados para suas famílias.
A ação é coordenada pela Polícia Civil do Estado de Goiás, por meio da 5ª Delegacia Distrital de Anápolis, com apoio de policiais civis da 4ª Delegacia Distrital e 3ª DRP. Ainda participam das diligências representantes do Ministério Público, 28º Batalhão da Polícia Militar, Vigilância Sanitária, Assistência Social do Município de Anápolis, além do Conselho Regional de Psicologia.