Prefeito de Anápolis critica ação do Ministério Público que busca impedir o fechamento do Centro Pop, promete encerrar as atividades da unidade e reforça apoio à Polícia Militar em sessão solene.
Por Redação – Foto: Claudio Reis
Na noite desta quinta-feira (18), durante a Sessão Solene em homenagem à Polícia Militar, o prefeito de Anápolis, Márcio Corrêa (PL), fez um discurso contundente contra a decisão do Ministério Público de Goiás (MPGO), que ingressou com ação para evitar o fechamento do Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua (Centro Pop). O gestor reafirmou sua posição de extinguir o espaço, mesmo diante da contestação judicial.
Em sua fala, Corrêa afirmou que o Centro Pop se transformou em um local que, segundo ele, abriga criminosos e ameaça a segurança pública. “Quando a gente sai pelas ruas na madrugada, onde o comércio de Anápolis está sendo oprimido por esses bandidos, a prefeitura montou um resort para esses criminosos. Estudei ficha por ficha e constatei que muitos já tinham passagens policiais”, declarou.
O prefeito também criticou a atuação do Judiciário. “É inaceitável ver o ativismo do Judiciário proteger criminosos. Quem tem dúvida desse centro pop, eu quero garantir que vai ser fechado na semana que vem. Só se eu não for mais prefeito. Se eu for prefeito, ele será fechado. Porque se o homem não quiser que feche centro pop, ele dispute a eleição e seja prefeito”, disparou.
Márcio Corrêa ainda relatou ter se recusado a autorizar uma ordem de pagamento de R$ 80 mil para a internação compulsória de um homem com diversas passagens pela polícia. “Esse dinheiro não é meu, é do povo. É para gastar com idoso, com trabalhador, com pai de família, com criança, com creche. Não para manter bandido criminoso que estava sendo criado nessa cidade”, afirmou.
Apesar das críticas, o MPGO argumenta que o fechamento do Centro Pop fere a Constituição, que veda o retrocesso social, além de interromper um serviço considerado essencial para a garantia de direitos básicos à população em situação de rua. A ação, proposta pelo promotor Paulo Martorini, pede que o município mantenha a unidade em funcionamento.
Ao final de sua fala, Corrêa reforçou sua parceria com a Polícia Militar e destacou as prioridades que, em sua visão, devem guiar a gestão pública. “Pesquisas mostram que as famílias do Brasil têm três prioridades: segurança pública, saúde e educação de qualidade para nossas crianças. Quero reafirmar meu compromisso de ser parceiro da Polícia Militar e enfrentar de frente os problemas da nossa cidade”, concluiu.