Deputado federal diz que relação com governador ficou estremecida após dobradinha com Marconi e se colocou como candidato a prefeito de Goiânia
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O deputado federal Ismael Alexandrino (PSD) não se esquivou de falar da relação com o governador Ronaldo Caiado (UB) na edição desta segunda-feira (8) do Papo de Garagem. O parlamentar atribuiu a operação que prendeu o irmão dele, Daniel Alexandrino, e também cumpriu mandado de busca e apreensão na casa do deputado em Goiânia, ao estremecimento das bases que o ligavam a Caiado.
Questionado sobre a dobradinha eleitoral que firmou com o ex-governador Marconi Perillo (PSDB), então candidato ao Senado, em Palmeiras de Goiás, Alexandrino disse que foi inocente ao se espelhar noutras ligações políticas improváveis comuns em eleições e que “a inquietação” com o Palácio das Esmeraldas começou ali.
“Deu ruim. A partir do dia seguinte, fiquei sabendo que os prefeitos que me apoiavam começaram a retirar os apoios”, revelou o deputado.
Dali em diante, relata o parlamentar, as relações políticas com Caiado mudaram. Ele atribuiu a operação a uma “caça às bruxas”. “Vai para a secretaria (de Saúde) e caça as bruxas. Se tiver coisa, ok. Se não tiver vida que segue”, afirmou.
Status da Indireta
Confrontado sobre a relação com o governador e qual recado mandaria a ele no quadro Status da Indireta, Alexandrino escolheu a música “O que fez foi covardia”, de Luiz Claudio e Giuliano. O deputado ainda reclamou de não ter tido uma conversa ‘olho no olho’ com Caiado.
“Algumas coisas são contraditórias. Numa relação transparente entre duas pessoas que se colaboraram, se respeitam, tem que ter no mínimo uma conversa olho no olho para falar do que não gostou e tudo mais e dar a chance de resposta. Eu gostaria de conversar com ele olho no olho. Tenho gratidão a ele por ter me convidado para ser secretário de Saúde. Passamos os piores momentos juntos. Eu fui extremamente fiel e leal. Depois de tudo que aconteceu, não teve nenhuma conversa olho no olho”, disse.
Fonte: DM Anápolis