Durante sessão na Câmara Municipal de Anápolis, vereador do União Brasil diz que sanções contra Moraes são resultado de censura a cidadãos e empresas norte-americanas, e alerta para riscos do Brasil se alinhar a regimes ditatoriais.
O vereador Wederson Lopes (UB) utilizou a tribuna da Câmara Municipal de Anápolis, nesta terça-feira (5), para rebater a tese de interferência dos Estados Unidos nos assuntos internos do Brasil, em decorrência das sanções aplicadas ao ministro Alexandre de Moraes pelo governo norte-americano. Segundo Lopes, a narrativa de que os EUA estariam interferindo no país não se sustenta, uma vez que as sanções se baseiam em ações de censura praticadas pelo ministro contra cidadãos e empresas americanas, o que, segundo ele, motivou sua inclusão na lista da Lei Magnitsky.
“O Alexandre de Moraes censurou cidadãos americanos e empresas norte-americanas. E isso deu embasamento para que ele fosse sancionado pela Lei Magnitsky”, afirmou. O vereador destacou que as sanções vedam o acesso de Moraes ao sistema financeiro dos Estados Unidos, além de restringirem o uso de cartões de crédito e visto norte-americano. “Aqui no Brasil ele continua lá no Supremo Tribunal Federal cometendo as suas arbitrariedades”, acrescentou.
Wederson também criticou a inclinação do Brasil em se aproximar de regimes autoritários, como Venezuela, Irã e Coreia do Norte, em detrimento de relações mais sólidas com democracias ocidentais. “Governos regidos por ditadura querem saber qual é o posicionamento do Brasil, e o Brasil tem mostrado a sua inclinação para esse tipo de regime”, disse. Para o vereador, as maiores potências do mundo, como Estados Unidos e China, têm interesse legítimo em entender a orientação ideológica e econômica do Brasil, pois isso impacta diretamente em relações comerciais e estratégicas.
O parlamentar encerrou sua fala elogiando o vereador Jakson Charles (PSB) por seu posicionamento, apesar de discordar das opiniões expressas por ele. “Discordo radicalmente da posição do vereador Jakson, mas parabenizo pelo seu posicionamento. O debate é essencial e precisamos de parlamentares que não fujam das discussões”, concluiu Wederson Lopes.