PRF, Polícia Civil e Ibama desmancharam laboratórios clandestinos em bairros da capital.
Fotos: PRF
Uma ação conjunta envolvendo a PRF, Ibama e Polícia Civil de Goiás, por meio da Delegacia de Crimes Rurais, apreendeu cerca de quatro toneladas de agrotóxicos adulterados no final da tarde da última quarta-feira (1º) em Goiânia. Dois Galpões e um apartamento, localizados na capital, funcionavam como laboratórios improvisados para a adulteração. O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) fará a análise e identificação dos produtos encontrados. Um homem foi preso.
O flagrante foi possível após a PRF e Receita Federal no estado de Mato Grosso compartilharem informações com os órgãos de fiscalização em Goiás. Nos laboratórios clandestinos, os agentes encontraram todo o aparato para adulterar o agrotóxico: produtos usados como diluentes, balanças, misturadores, embalagens e etiquetas de produtos nacionais e estrangeiros de renome no mercado. Após o processo, seriam comercializados com a aparência de mercadorias legalizadas.
A suspeita é que um esquema criminoso falsifica embalagens de agrotóxicos estrangeiros de uso proibido no país, sem a devida autorização dos órgãos de saúde, usando rótulos de fertilizantes legais. Nos laboratórios clandestinos, esses agrotóxicos contrabandeados são diluídos e misturados com outros produtos e recebem embalagens de mercadorias legais para serem comercializados. O risco incalculável afeta tanto o meio ambiente quanto a saúde humana e de animais.
A Delegacia de Crimes Rurais ficará a cargo da investigação da procedência dos produtos, da identificação dos envolvidos e do funcionamento da cadeia criminosa. Para elucidar todos os crimes, será necessário aguardar a perícia do material.
Aumento nas apreensões
Neste ano a PRF em Goiás contabiliza um aumento vertiginoso nas apreensões de agrotóxicos, o que demonstra a expansão das práticas de contrabando e adulteração de agrotóxicos. Enquanto em 2020 a PRF apreendeu 500 quilos de agrotóxicos e não houve registro de apreensão em 2021, somente nos cinco primeiros meses de 2022 nove toneladas já haviam sido apreendidas, totalizando 13 com essas quatro de ontem. A corporação avalia que a posição geográfica central do estado, e a forte predominância da agricultura na economia regional são fatores decisivos par ao aumento desse tipo de crime.