Os números das urnas destacam a importância de repensar o processo eleitoral na cidade e a necessidade de maior participação cidadã.
Por Richelson Xavier
Anápolis, conhecida por suas eleições disputadas, revela, por meio dos números, desafios significativos no cenário político municipal. Nas eleições de 2016, o atual prefeito Roberto Naves conquistou a vitória com 51,23%, totalizando 88.730 votos, enquanto o ex-prefeito João Gomes, segundo colocado, obteve 48,77% com 84.475 votos. No entanto, destaca-se o expressivo número de eleitores que não optaram por nenhum candidato, representados por 7.286 votos brancos (3,65%), 19.147 votos nulos (9,59%), e um surpreendente total de 60.929 abstenções (23,38%), somando 87.362, indicando uma necessidade de reflexão sobre o processo eleitoral em Anápolis.
O pleito de 2020 não fugiu à tendência, com Roberto Naves novamente vencendo, desta vez com 61,28%, totalizando 101.349 votos, enquanto o ex-prefeito Antônio Gomide ficou com 38,72%, contabilizando 64.046 votos. Novamente, chama a atenção o aumento no número de eleitores que não escolheram nenhum candidato, com 4.928 votos brancos (2,73%), 10.510 votos nulos (5,81%), e uma expressiva quantidade de 88.723 abstenções (32,91%), totalizando 104.161, evidenciando um crescimento de quase 20% em relação às eleições anteriores.
Os dados revelam a urgência de uma revisão no processo eleitoral em Anápolis. É essencial que os candidatos apresentem propostas claras, compreendam as demandas da cidade e, em vez de simples promessas, busquem ouvir mais atentamente a população. O próximo prefeito enfrentará o desafio de governar para diversos grupos, incluindo aqueles que ainda não encontraram representação nas últimas eleições, sinalizando uma mudança necessária no cenário político local.