Alex Martins alerta que apenas ações judiciais não resolvem o problema e propõe alternativas
para custeio do sistema, além de convocar a sociedade para o debate.
O recente anúncio do aumento da tarifa de ônibus em Anápolis para R$ 8,20 gerou forte
reação popular e foi suspenso pela Justiça. Apesar da vitória momentânea, a decisão
judicial não resolve o impasse que afeta milhares de usuários do transporte coletivo na
cidade. Foi nesse contexto que o vereador Alex Martins (PP) utilizou a tribuna da Câmara
Municipal para defender um debate mais profundo e a busca de soluções concretas para o
financiamento do sistema.
Segundo o parlamentar, o transporte público precisa ser tratado como um direito social
essencial, e não apenas como um serviço comercial. “Não adianta trocar uma empresa por
outra ou brigar na Justiça. Esse é um problema que atinge as principais cidades do Brasil e
só será resolvido se houver alternativas reais de custeio e diálogo aberto com a sociedade”,
afirmou.
Propostas de subsídio e alternativas locais
Alex destacou que, em Anápolis, o financiamento do transporte é pago quase
exclusivamente pelo usuário, o que torna a tarifa cada vez mais cara e excludente. Para
enfrentar esse cenário, o vereador apresentou propostas de subsídio e alternativas de
arrecadação, que podem reduzir custos sem onerar ainda mais a população:
● Isenção do ISS para a operação do transporte coletivo, representando cerca de R$
100 mil por mês.
● Isenção de IPVA dos veículos que fazem a operação e ICMS do diesel, que
somariam mais de R$ 300 mil mensais de economia.
● Retomada da área azul, que poderia gerar em torno de R$ 100 mil por mês,
vinculados ao transporte coletivo.
● Criação do Conselho de Mobilidade Urbana, para ampliar a participação social e
debater alternativas de forma permanente.
“Fiquei satisfeito em ver o Executivo apresentar propostas nesse sentido. Mas é preciso
avançar. O aumento da tarifa não pode ser a alternativa. É o pior cenário, porque exclui
justamente quem mais depende do transporte público”, ressaltou.
Chamado ao diálogo
Para Alex Martins, a construção de soluções depende de um esforço coletivo. Ele defendeu
a convocação de empresas do Distrito Agroindustrial, entidades como ACIA e CDL,
universidades e a própria população para um debate franco sobre o futuro do transporte
na cidade.
“Temos que estimular o uso do transporte coletivo. Precisamos garantir qualidade,
pontualidade e frota adequada, mas, acima de tudo, precisamos de diálogo. Se o embate
ficar apenas na Justiça, quem perde é o cidadão que depende do ônibus todos os dias”,
alertou.
O vereador ainda lembrou conquistas já obtidas nos últimos anos, como os corredores
preferenciais, a integração tarifária, estações de nível e gratuidades para idosos, pessoas
com deficiência e estudantes. “Não podemos perder o que já conquistamos. Precisamos
ampliar e qualificar, com responsabilidade e visão de futuro”, concluiu.
Com essa postura, o vereador reforça seu compromisso em defender um transporte
coletivo mais acessível, sustentável e inclusivo, que garanta o direito à mobilidade e
contribua para uma cidade mais justa e organizada.
Com informações da Assessoria de Comunicação.