A Saneago não teria fornecido o treinamento, nem o Equipamento de Proteção Individual (EPI) adequado para o uso da embarcação
Da Redação
A Polícia Civil, por meio da 22ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP) de Goiânia, concluiu as investigações do inquérito policial, instaurado para investigar a ocorrência do crime de homicídio culposo contra o funcionário da Saneago, Flávio Leonel Moraes.
A investigação apurou que no dia 11 de abril deste ano, por volta das 10h37min, na Estação de Captação de Água Fluvial do Rio Meia Ponte, da Empresa Saneamentos Goiás S.A – Saneago, próxima a Rua BS 39, Bairro São Domingos, em Goiânia, a vítima Flávio Leonel Moraes, ocupante do cargo de agente de Sistemas e integrante da equipe de monitoramento e medição da vazão de córregos da Supervisão de Hidrologia, caiu de uma embarcação nas águas do Rio Meia Ponte. O corpo foi encontrado por uma equipe do Corpo de Bombeiros dois dias depois, a cerca de sete quilômetros do local da queda, já em estágio de decomposição.
Verificou-se que a vítima nunca havia recebido treinamento para fazer o uso da embarcação, assim como não usava colete salva-vida, porque a empresa nunca lhe havia fornecido. Após intensa investigação, os autos do inquérito foram instruídos com farto material probatório testemunhal, documental e pericial que comprovou a materialidade delitiva e apontou os necessários indícios de autoria em desfavor de dez indiciados.
Concluiu-se que a morte de Flávio, resultou da modalidade de culpa por negligência, já que houve uma omissão penalmente relevante por parte dos garantidores que ocupavam as funções dos núcleos de chefia hierárquica e de serviço de engenharia de segurança e medicina do trabalho da Saneago.
O inquérito policial foi finalizado com dois volumes, contando com quase 600 páginas, quatro laudos periciais e 24 oitivas. Agora, será remetido ao Poder Judiciário.
Com informações da Polícia Civil.