Entidade critica distorção do termo ‘genocídio’ na ação apresentada pela África do Sul na Corte Internacional de Justiça.
A Frente Parlamentar Evangélica, composta por membros do Congresso Nacional e do Senado, emitiu uma nota de repúdio contra o governo brasileiro, liderado por Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O motivo do descontentamento é o apoio do Brasil à acusação de “genocídio” apresentada pela África do Sul contra Israel na Corte Internacional de Justiça (CIJ), um tribunal das Nações Unidas.
O julgamento dessa ação teve início nesta quinta-feira (11), em Haia, na Holanda, e conta com o respaldo de diversos países, incluindo Brasil, Bangladesh, Malásia, Irã, Maldivas, Jordânia, Venezuela, Arábia Saudita, Marrocos, Turquia, Paquistão, Namíbia, Nicarágua e Bolívia.
Na nota oficial, as Frentes Parlamentares Evangélicas destacam que a ação distorce o “significado de genocídio e da convenção internacional”. A entidade argumenta que a ação deveria focar no grupo terrorista Hamas, responsável por genocídios reais, como o ocorrido em 7 de outubro de 2023, que resultou na perda de mais de 1.400 vidas inocentes, incluindo crianças, idosos, mulheres, adolescentes e adultos.
A nota expressa preocupação com a quebra da relação de irmandade e respeito entre Brasil e Israel, afirmando que a imparcialidade e o diálogo construtivo são fundamentais em questões delicadas. A Frente Parlamentar Evangélica rejeita categoricamente o apoio do Estado brasileiro à ação apresentada contra o povo judeu, destacando a tradição de isenção que o Brasil costuma adotar em casos semelhantes.