Deputado do PL afirma que Bolsonaro tentou conter esquema em 2019, mas MP foi revogada; oposição quer investigar ligação de entidades com o atual governo.
Em vídeo publicado nesta terça-feira (6), o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG) atribuiu ao governo Lula a expansão de um esquema de fraudes no INSS que pode ter desviado R$ 6,3 bilhões. Vestindo trajes escuros – marca registrada em seus pronunciamentos –, o parlamentar afirmou que Jair Bolsonaro (PL) havia tentado combater as irregularidades em 2019 com a Medida Provisória 871, que exigia comprovação bienal de autorização para descontos em benefícios. “A esquerda ajudou a derrubar essa medida em 2022”, acusou, sem detalhar votos específicos.
Nikolas citou reuniões entre membros do governo atual e entidades investigadas pela PF, além de criticar o ex-ministro Carlos Lupi (PDT). O deputado revelou que a oposição apresentou um projeto para proibir descontos automáticos sem autorização expressa e cobrou a instalação de uma CPI. “Precisamos colocar na cadeia os responsáveis. Peçam a Hugo Motta e Davi Alcolumbre que apoiem a comissão”, conclamou aos seguidores.
A operação da PF, deflagrada em 23 de abril, revelou que o esquema começou ainda no governo Bolsonaro, mas se intensificou nos últimos anos. Enquanto a oposição pressiona por investigações, o Planalto nega qualquer envolvimento com as fraudes e atribui a falhas de gestões passadas. A disputa política pelo caso deve se acirrar nas próximas semanas no Congresso.