Wederson Lopes (União Brasil) defende IPTU progressivo e maior rigor na fiscalização para garantir limpeza de lotes vagos em Anápolis.
Por Redação – Foto: Allyne Laís
O vereador Wederson Lopes (União Brasil) usou a tribuna da Câmara Municipal de Anápolis, nesta segunda-feira (3.fev), durante a primeira sessão ordinária do ano, para defender a responsabilização dos proprietários pela limpeza e roçagem de lotes vagos no município. Segundo ele, a medida é essencial para manter a cidade limpa e bonita, uma vez que o poder público não tem condições de cuidar de todos os terrenos particulares.
“O maquinário da prefeitura é destinado para as áreas públicas e não para todos os lotes da cidade. Ao longo das últimas décadas, o que acontece é que, de outubro a março, no período de chuva, dizem que a cidade está suja. A partir de abril, no período de seca, a prefeitura consegue fazer a limpeza, pois o mato não cresce tanto”, explicou o parlamentar. Ele destacou que a falta de cuidado com terrenos particulares sobrecarrega a administração municipal e prejudica a estética e a saúde pública.
Wederson Lopes propôs que a Câmara Municipal ajude a resolver o problema, responsabilizando os proprietários pela manutenção de seus lotes. “Novos loteamentos nascem muito rápido, e até que sejam edificados, demora. A prefeitura não tem condição de roçar todos esses loteamentos e cuidar com excelência dos logradouros e áreas públicas”, afirmou. Ele criticou o valor atual das multas para proprietários negligentes, considerando-o baixo e insuficiente para incentivar a limpeza. “Hoje é muito confortável o proprietário que tem 10, 20, 30 lotes deixar pra prefeitura”, disse.
Como solução, o vereador sugeriu a adoção de novos modelos de tributação, como o IPTU progressivo ou o IPTU verde, que poderiam penalizar proprietários que não mantêm seus terrenos em condições adequadas. A proposta visa não apenas melhorar a limpeza da cidade, mas também promover uma gestão mais eficiente dos recursos públicos, direcionando esforços para áreas de maior necessidade. A discussão deve avançar nos próximos meses, com a possibilidade de novas legislações sobre o tema.