Amauri também criticou a postura do ex-presidente Jair Bolsonaro por ter saído do país após a derrota nas eleições: “Tinha que enfrentar”
Foto: Divulgação/Papo de Garagem
O polêmico deputado estadual, Amauri Ribeiro (UB), sinalizou a chance até de deixar seu mandato caso o PL 2630, que tramita em Brasília, vir a ser aprovado. A fala do parlamentar foi durante sua participação no PAPO DE GARAGEM, veiculado na noite de ontem (15).
“Mesmo como político, e eu estou nisso porque tenho direito à fala, se tirarem, se cercear o meu direito de fala, porque eu vou ficar nessa porcaria? Eu vou sair. Eu estou na política representando a voz de outros que não podem falar, esse é o meu papel”, pontuou o deputado bolsonarista e caiadista.
Questionado em seguida se sairia, de fato, do mandato, caso a propositura avançar no Congresso Nacional, Amauri reforçou a tese. “Eu não vou ter direito à fala, vou ficar fazendo o que nessa “porra”? Eu vou ser um ‘verminho’ lá, porque eu não posso falar e defender o que eu acredito? Vou responder por isso, ser preso?”, indagou, ilustrando sua indignação com o caso da plataforma Telegram, suspensa por fazer campanha contra o chamado “PL das Fake News”.
Usando boa parte da entrevista para tecer duras críticas ao Judiciário, em especial ao Supremo Tribunal Federal – STF, que segundo ele rasgou a Constituição Federal e tem sentenciado à revelia da Carta Magna, Amauri expôs revolta pelo que chamou de manobra para deixar o atual presidente Lula (PT) elegível e perseguição contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Tentaram prender o presidente (Bolsonaro) por corrupção, não conseguiram. Tentaram abrir um processo na questão da COVID, não conseguiram. Tentaram, por fim agora, prender pela questão de um cartão de vacinação, não conseguiram. O que estão tentando fazer com Jair Messias Bolsonaro é uma vergonha, mas todos nós sabíamos que isso iria acontecer (…) Ele terá quatro anos pela frente de perseguição e o povo brasileiro de corrupção”, disse, fazendo referência final ao Governo de Lula.
BOLSONARO COVARDE?
Apesar de toda defesa ao ex-presidente, o deputado disse ter ficado decepcionado com a postura de Bolsonaro de viajar aos Estados Unidos, enquanto seus apoiadores acampavam na frente de quartéis e lutavam por aquilo que acreditavam. “Nós da direita temos sim uma contrariedade porque achávamos que ele tinha ficado e aguentado no peito. O Caiado disse uma frase que eu vou levar pro resto da minha vida: “as minhas cicatrizes não são nas costas, as minhas cicatrizes são no peito, porque eu encaro de frente todas as minhas demandas”. E realmente o Caiado tem esse posicionamento e é um posicionamento que o Bolsonaro tinha que ter tido”, criticou, ressaltando o perfil do governador.
Amauri disse acreditar que deixarão Bolsonaro inelegível para 2026, mas já tratou de elevar outros nomes para entrar na disputa presidencial, caso do governador de São Paulo e ex-ministro, Tarcísio Freitas, e do próprio governador de Goiás.