Dr. Francisco Cardoso, de São Paulo, e dra. Helen Brandão, de Goiás, foram os convidados para a conversa. Os médicos se tornaram referência em todo o Brasil com seus estudos sobre tratamento precoce no combate ao novo coronavírus
Por Redação
O líder do Partido Social Liberal na Câmara, deputado federal Vitor Hugo (PSL/GO), realizou em suas redes sociais, nessa segunda-feira (15), uma transmissão ao vivo com dois médicos consultores, pesquisadores e atuantes no combate à Covid-19 para esclarecer a importância do tratamento precoce. Os convidados para a conversa foram o doutor Francisco Cardoso, que é médico infectologista, formado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e médico assistente da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo; e a doutora Helen Brandão, que é médica dermatologista formada pela Universidade Federal de Goiás (UFG) e está há 14 meses na linha de frente de combate à doença.
“Já começamos a transmissão com muitas pessoas nos acompanhando e tenho certeza que é porque esse é um assunto importante, que as pessoas se interessam. Eu estou aqui com dois médicos especialistas que vão falar sobre suas opiniões técnicas a respeito do tratamento precoce. Essa não é uma questão política apenas e é uma grande satisfação tê-los aqui”, iniciou o deputado.
O dr. Francisco Cardoso também é coautor das Orientações do Ministério da Saúde para Tratamento Precoce de Covid-19, emitidas na Nota Técnica 17, e da Nota Técnica de Atendimento Inicial da Covid-19 enviada para o Ministério Público Federal em Goiás. “Como infectologista, acabei me tornando um consultor na questão. O motivo de estar aqui é a aplicação do tratamento no início. Fomos atrapalhados pela politização da doença, nunca vi uma doença ser tratada assim! Acompanho com absoluto temor e espanto. Precisamos de todas as armas disponíveis para vencer essa epidemia”, esclareceu o médico.
A dra. Helen Brandão falou sobre a mudança na rotina nos últimos 14 meses, período em que está atuando na linha de frente de combate à doença. “Sou médica que há 15 anos prescreve cloroquina. Quando diziam que matava, não acreditava. Eu tenho pai com enfisema pulmonar de 85 anos. Quando a Covid-19 surgiu fui estudar a questão, juntamente com uma série de outros médicos. O que podemos fazer neste caso? No meio de uma guerra como essa, já tínhamos drogas no mercado que são uteis para essa questão. Nunca deixamos de tratar pacientes, sempre usamos a melhor evidencia existente, nós temos um arsenal de armas que podemos usar. Desde quando tratamento é feito somente com droga nova? Tratamento não é só vacina”, afirmou a médica sobre seu posicionamento.
Vitor Hugo usou o espaço ao vivo em suas redes sociais para evidenciar a luta para salvar os doentes, infectados pela Covid-19, e despolitizar o tratamento. Na conversa, o líder Vitor Hugo fez perguntas que eram dúvidas dos seus seguidores, como esclarecimentos para o tratamento precoce indicado em cada fase da infecção, a importância de um acompanhamento médico e os principais motivos para a resistência de alguns setores diante de tantas evidências que comprovam a eficácia dessas medidas.
“As pessoas estão morrendo. É uma falácia o discurso que não há evidências quanto ao tratamento precoce, porque ele funciona sim. Apenas 10% dos tratamentos do mundo são chancelados por estudos randomizados. 90% dos tratamentos são feitos com a chancela do profissional. Isso é fala com discurso político!”, relatou, preocupado, o dr. Francisco. Para ele, “vacina não é concorrente de tratamento precoce. Vacina é pra prevenir, tratamento é para quem já está com a doença. Eu vejo que a classe médica morre três vezes mais que a população normal. Sinto que está na hora de ouvir os médicos que estão na linha de frente”.
A médica goiana também fez questão de se posicionar contra a negação de algumas classes aos resultados já apresentados pelo tratamento precoce. “São interesses econômicos escusos, interesses políticos e inversão do material em detrimento da vida. Quando você começa a enfrentar a vida em detrimento do dinheiro, é muito preocupante. Estamos vivendo um crime contra a humanidade. São tantas falácias, que nos deixa preocupados”, explicou. Para ela, “é muito difícil ver os casos sendo tratados com viés político. Não estamos atentando contra a política, contra o presidente, estamos atentando contra a vida. Teríamos resultados melhores nas UTI se não fosse o fator político”.
A dra. Helen Brandão também contou que tratou 928 pacientes e teve apenas três óbitos e seis pacientes entubados, que foram casos excepcionalmente graves. A eficácia do tratamento precoce é inquestionável e a médica garantiu que a atualização com estudos foi a base para que seu trabalho desse certo.
Ao final, o dr. Francisco fez um apelo aos colegas médicos que ainda resiste em receitar tratamento precoce por medo de julgamento político. “As pessoas precisam falar a mesma língua. Existe sim tratamento cientifico, não precisa ter vergonha de prescrever. Não deixem de tratar as pessoas, não deixem elas morrerem sem tratamento”, pediu o profissional.
Contra o Lockdown
Vitor Hugo aproveitou a oportunidade e, no começo da live, falou com seus seguidores sobre o seu posicionamento a respeito do lockdown adotado em alguns estados e municípios. “Ao lado do nosso presidente Jair Bolsonaro, eu também apoio o equilíbrio nas medidas sanitárias e nas medidas voltadas para a economia”, afirmou o líder do PSL na Câmara.
“Um governador, ou prefeito, não pode fechar tudo e dizer que a economia vê depois. Essa é uma postura muito ruim e os efeitos econômicos de posturas como essa acabam sendo maiores do que os próprios efeitos sanitários. Vamos adotar medidas que sejam moderadas para proteger vidas e empregos”, pediu o deputado aos que o assistiam.
Combate à Covid-19 em Goiás
O deputado Vitor Hugo enviou, apenas no ano de 2020, mais de R$ 16 milhões em recursos para o combate à Covid-19 no estado de Goiás. Esse valor já foi pago e utilizado em diversos municípios goianos. Vitor Hugo também articulou, diretamente com o Ministério da Saúde, e garantiu o envio de 104 respiradores para Goiás, além da habilitação de 51 leitos novos de UTI específicos para tratar pacientes infectados pelo novo coronavírus.