Pedro Pôncio relata sua experiência no apoio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul em entrevista exclusiva.
Por Richelson Xavier
O anapolino Pedro Pôncio, parte de uma equipe de 14 voluntários, concedeu entrevista exclusiva ao repórter Richelson Xavier do Portal Anápolis, compartilhando suas impressões sobre a situação das áreas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul e sua reação ao chegar ao local.
Pedro Pôncio chegou ao Rio Grande do Sul há dois dias para auxiliar as vítimas das enchentes que devastaram várias cidades. Em entrevista ao Portal Anápolis, ele destacou o impacto visual e emocional da tragédia: “Chegamos há dois dias e já tivemos contato com as comunidades afetadas. As cenas que vimos são apocalípticas, lojas e casas inundadas, pessoas agarradas aos terraços de suas casas.”
Pedro explicou que sua equipe está colaborando com a Igreja Palavra Viva nas cidades de Porto Alegre, Canoas e Cachoeirinha. Eles estão envolvidos em buscas e resgates, além de distribuir donativos como alimentos, roupas e itens de higiene pessoal. “Nosso foco principal é levar não apenas o suporte material, mas também o conforto espiritual através da palavra de Deus”, afirmou.
Confira abaixo a entrevista com Pedro Pôncio, morador de Anápolis que está servindo como voluntário no Rio Grande do Sul.
Richelson: Como você avalia a eficácia da ação das forças policiais, do governo e das autoridades locais no auxílio às vítimas das enchentes no Rio Grande do Sul?
Pedro: “Com relação à eficácia das forças policiais, do governo e das autoridades, fica muito nítido que o Estado não foi usado ao seu potencial máximo. A população sente que o governo abandonou o Rio Grande do Sul. Embora alguns policiais e militares estejam se esforçando, a máquina estatal como um todo tem sido ineficaz em salvar vidas e organizar as famílias em abrigos.”
Richelson: Pelo que você percebe e sente, acredita que a cidade terá uma rápida recuperação após as enchentes ou será um processo demorado?
Pedro: “A recuperação será demorada. Primeiro, é necessário que as chuvas parem para que as águas comecem a baixar. Não há previsão exata para isso, e o tempo de recuperação varia por região. Será um desafio que demandará muitos recursos e esforços. A coragem do povo gaúcho será fundamental, e acredito que o Brasil estará junto nesse momento.”
Richelson: Como jovem envolvido no auxílio às vítimas, o que você observa sobre o estado psicológico das pessoas afetadas pelas enchentes? Você teve contato com algum abrigo e como está a situação lá?
Pedro: “O estado psicológico das pessoas é de choque e trauma. Estamos tentando levar conforto e esperança, mas a verdadeira dimensão do impacto será sentida quando elas tentarem reconstruir suas vidas. Muitos estão oferecendo ajuda psicológica, e estamos conectando esses parceiros com os necessitados. A mensagem de esperança e a fé têm sido pilares fundamentais para dar força a essas pessoas.”
Conclusão
A experiência de Pedro Pôncio ressalta a gravidade da situação no Rio Grande do Sul e a importância da solidariedade em tempos de calamidade. A ação dos voluntários, combinada com a força de vontade da população local e o apoio espiritual, mostra que, apesar dos desafios, a esperança e a coragem são fundamentais para superar essa tragédia. A colaboração entre voluntários, autoridades e a comunidade será essencial para a reconstrução das áreas afetadas.