Relator muda voto após debate e recomendação de censura escrita pela mesa diretora da Câmara
Foto: Divulgação/Câmara dos Deputados
O processo de cassação envolvendo o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) no Conselho de Ética da Câmara tomou um novo rumo, resultando em seu arquivamento. O relator do caso, deputado Alexandre Leite (União-SP), inicialmente havia votado a favor do prosseguimento das acusações de transfobia contra o parlamentar. No entanto, após discussões e considerações dos colegas deputados, Leite alterou sua posição, recomendando o arquivamento e sugerindo a aplicação de censura escrita pela Mesa Diretora da Câmara.
A controvérsia surgiu a partir de um discurso de Nikolas Ferreira no Dia Internacional da Mulher, onde ele utilizou uma peruca amarela e fez declarações consideradas controversas sobre identidade de gênero. O processo de cassação foi instaurado a partir de pedidos apresentados por diversos partidos, incluindo PSOL, PDT, PSB, PT e PCdoB. Ferreira alegou que suas palavras não configuravam crime e ressaltou a liberdade de expressão. O arquivamento do processo foi aprovado com 12 votos favoráveis e cinco contrários, reacendendo debates sobre ética parlamentar e liberdade de opinião.