Por Richelson Xavier
Vivemos tempos de polarização, onde o debate político se tornou um campo minado de ideologias extremas que buscam não apenas impor suas visões, mas também silenciar qualquer voz discordante. Diante desse cenário, é inevitável não nos polarizarmos diante de discursos absolutamente insanos, como os que têm surgido da esquerda contemporânea.
Não se trata aqui de uma escolha pessoal, mas de uma reação natural a quem busca nos calar, a quem deseja impor ideologias impróprias às nossas crianças, a quem promove agendas como o aborto e a liberalização das drogas. Como não nos polarizarmos diante daqueles que defendem uma sociedade conivente com a criminalidade, onde os gastos públicos são ilimitados e o dinheiro do contribuinte é desperdiçado sem parcimônia?
O caso recente envolvendo a Jovem Pan News exemplifica claramente essa tentativa de calar vozes que se opõem ao discurso hegemônico. O Ministério Público Federal, em sua ação, busca cassar as concessões públicas do grupo de mídia sob a justificativa de divulgação de notícias falsas e ataques à democracia. Entretanto, é preciso analisar com cuidado o que está por trás dessas alegações.
A liberdade de imprensa é um dos pilares fundamentais de qualquer democracia saudável. Ao tentar silenciar veículos de comunicação que expressam opiniões divergentes, estamos caminhando perigosamente para um estado de censura e autoritarismo disfarçado. A pluralidade de vozes é essencial para um debate democrático enriquecedor, e qualquer tentativa de cerceá-la deve ser repudiada veementemente.
Nesse contexto, a polarização se torna não apenas uma escolha, mas uma necessidade. Não podemos nos omitir diante daqueles que desejam impor sua visão de mundo de forma autoritária, sem espaço para o contraditório. Como bem disse Olavo de Carvalho, a moderação na defesa da verdade é um serviço prestado à mentira, e a moderação na defesa do bem é um serviço prestado ao mal.
Portanto, diante dos desafios que se apresentam, devemos nos posicionar firmemente do lado da liberdade de expressão, da pluralidade de ideias e do respeito às divergências. Somente assim poderemos construir uma sociedade verdadeiramente democrática e justa, onde o debate saudável prevaleça sobre a imposição ideológica. A polarização se torna, assim, não apenas uma escolha, mas uma necessidade imperativa em defesa dos valores democráticos que tanto prezamos.