Por Cleide Hilário
Nos últimos dias, a sociedade goiana foi abalada pelas atitudes do professor e perito criminal Ricardo Molina. No vídeo que circula nas redes sociais, Molina aparece ameaçando e humilhando sua ex-esposa, além de ter urinado em uma bíblia e ofendido as mulheres do estado de Goiás, usando como exemplo as mulheres anapolinas.
O caso deste perito criminal, que insultou as mulheres de Anápolis com termos xenofóbicos; é um exemplo da cultura de violência que ainda permeia a nossa sociedade. A violência contra as mulheres não se limita apenas a agressões físicas, mas também se manifesta de outras formas, como o assédio sexual, a discriminação no ambiente de trabalho e a difusão de discursos misóginos e preconceituosos.
A violência contra as mulheres é uma das maiores chagas da nossa sociedade. Infelizmente, ainda é comum que mulheres sejam vítimas de agressões físicas e verbais, que muitas vezes podem causar a morte.
Dessa forma, precisamos lutar diariamente para acabar com essa violência e assegurar o respeito e a dignidade das mulheres.
Dados do Fórum Brasileiro de Segurança Pública revelam que, em 2020, foram registrados mais de 105 mil casos de violência doméstica no país. Esse número é alarmante e mostra que a violência contra a mulher é um problema grave e recorrente em nossa sociedade. Além disso, é importante ressaltar que muitos casos não são denunciados, o que torna essa realidade ainda pior.
É fundamental um esforço conjunto da sociedade para combater a violência contra as mulheres. Isso envolve a implementação de políticas públicas eficazes, aumentando e fortalecendo a rede de apoio às vítimas.
Não podemos tolerar esse tipo de comportamento, as mulheres merecem respeito e segurança em todos os espaços e situações, e é dever de todos lutar para que isso seja garantido.
Repudiamos com veemência essas atitudes de Ricardo Molina, inaceitáveis em qualquer circunstância, pois ele cometeu diversos crimes, como ameaça, injúria, difamação e vilipêndio de objetos religiosos.
É importante ressaltar que ele é um profissional reconhecido no Brasil e, por isso, sua conduta é ainda mais preocupante, pois a sociedade espera que profissionais como ele, sejam exemplos de comportamento ético e respeitoso.
Vale ressaltar, que essas atitudes de Molina são um exemplo da necessidade de combater; a intolerância em todas as suas formas. Em relação à bíblia, ele agiu de forma extremamente desrespeitosa e intolerante, pois independentemente de crenças e convicções religiosas, devemos respeitar os símbolos e objetos de culto de todas as religiões. A intolerância religiosa é um problema real e preocupante em nosso país, e atitudes como essa só agravam a situação.
A diversidade é uma riqueza da nossa sociedade, e é preciso que todos lutem para mantê-la.
Somos representantes do povo e defensores dos direitos dos cidadãos, devemos nos posicionar de forma firme contra qualquer tipo de violência ou intolerância.
Esperamos que as autoridades tomem as providências necessárias, que garantam a segurança e a proteção da mulher envolvida neste caso, que a justiça seja feita!
É crucial que sejam tomadas medidas para punir Ricardo Molina pelos crimes que cometeu e assegurar que ele não continue exercendo cargos de destaque que possam prejudicar outras pessoas.
Precisamos trabalhar juntos para construir uma sociedade mais justa, igualitária e respeitosa com todos, sem distinção de gênero, raça, naturalidade, classe econômica, etnia ou religião.
Cleide Hilário é casada, mãe, cristã e conservadora. Bacharel em direito, Vereadora em Anápolis e Procuradora Especial da Mulher na Câmara Municipal de Anápolis. Trabalha em prol do social há mais de 20 anos e defende as bandeiras das mulheres contra a violência doméstica, do idoso e da criança. Faz parte do partido Republicanos desde 2007, cujo lema é a proteção da família, da fé e do conservadorismo.