Deputado federal apresenta requerimento para convocar Jojo Todynho a depor sobre suposto esquema de caixa 2 em campanha eleitoral; parlamentar critica impunidade e cobra apuração rigorosa.
Por Richelson Xavier
O deputado federal Gustavo Gayer (PL-GO) anunciou nesta segunda-feira (25) a apresentação de um requerimento para ouvir a cantora Jojo Todynho sobre uma denúncia explosiva. Em entrevista à Brasil Paralelo, a artista revelou ter recebido uma oferta de R$ 1,5 milhão para apoiar a campanha de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à presidência em 2022, o que, segundo Gayer, configura crime eleitoral caso os valores não tenham sido declarados oficialmente.
Durante o anúncio feito em suas redes sociais, Gayer destacou a gravidade da denúncia, classificando-a como “uma bomba” que merece investigação aprofundada. “Isso é caixa 2, e é crime eleitoral. Se para Jojo ofereceram R$ 1,5 milhão, imaginem o quanto outras pessoas podem ter recebido,” disse o deputado. Ele também questionou o uso de recursos na campanha e alertou para a necessidade de rastrear a origem do dinheiro.
A denúncia de Jojo Todynho foi detalhada em sua participação na Brasil Paralelo. Segundo ela, a oferta foi feita de maneira informal, por meio de ligações e encontros presenciais para evitar registros. “Ligaram, marcaram almoço e, quando cheguei, era para apoiar o Lula. Eu recusei,” revelou. Ela ainda acrescentou que outros artistas e influenciadores também receberam valores para promover o candidato. “Se para mim ofereceram R$ 1,5 milhão, imaginem para outras pessoas. Isso é crime, e precisa ser investigado,” reforçou a cantora.
Quando questionada sobre possíveis abordagens semelhantes da direita, Jojo negou. “Nunca houve nada disso do lado do Bolsonaro,” afirmou. A artista também relatou ter enfrentado represálias e ataques após se posicionar politicamente.
O requerimento apresentado por Gustavo Gayer será analisado pela Comissão de Comunicação da Câmara dos Deputados. Para o parlamentar, a convocação de Jojo Todynho é essencial para esclarecer os fatos e garantir que o episódio não seja ignorado. “Essa denúncia é muito grave e precisa de uma investigação séria e imparcial. O Brasil não pode aceitar esse tipo de prática,” concluiu Gayer, apontando para possíveis desdobramentos legais no caso.