Defesa de Igor Eduardo alegava risco à integridade física, mas pedido foi rejeitado; caso gerou revolta nacional com imagens de agressão brutal em Natal (RN).
A Justiça do Rio Grande do Norte negou, nesta semana, o pedido da defesa de Igor Eduardo Pereira Cabral, acusado de agredir brutalmente a namorada com mais de 60 socos e chutes dentro de um elevador em Natal (RN), para que ele cumprisse pena em cela individual. Os advogados alegavam risco à vida e à integridade física do acusado, mas o pedido foi rejeitado pelo Judiciário e pela Secretaria de Estado da Administração Penitenciária (Seap).
Atualmente, Igor está custodiado no Centro de Recebimento e Triagem (CRT), em Parnamirim, na Região Metropolitana de Natal. Ele divide uma cela de seguro com outros seis internos, espaço destinado a presos que, por questões de segurança, não convivem com a população carcerária geral. A Seap informou, em nota, que não há celas individuais disponíveis e que, por protocolo, este tipo de acomodação é reservado exclusivamente para aplicação de sanções disciplinares. “Recebemos o documento, mas não temos como atender. Ele já está em cela de seguro”, declarou a pasta.
O caso gerou comoção nacional após a divulgação de um vídeo que mostra Igor desferindo dezenas de socos e chutes contra a ex-companheira dentro de um elevador, em uma cena de extrema violência. A repercussão das imagens nas redes sociais pressionou as autoridades pela prisão imediata do agressor. A decisão da Justiça segue a linha de evitar tratamento privilegiado a agressores de violência doméstica, reafirmando que não há justificativa legal para celas individuais em casos como este.