Caio Nascimento, teólogo e pastor, alerta sobre os limites da IA na elaboração de pregações e defende a necessidade de oração e consagração para transmitir a Palavra.
O pastor Caio Nascimento, bacharel em Teologia pelo Seminário Presbiteriano Renovado e pela Faculdade Católica de Anápolis, usou suas redes sociais para debater o uso da inteligência artificial (IA) na elaboração de sermões. Em um vídeo publicado recentemente, ele simulou a criação de uma pregação com o auxílio do ChatGPT, mas destacou que a tecnologia, embora útil, não pode substituir a essência espiritual da pregação.
“A tecnologia pode ajudar, mas nunca substituir. John Piper fez uma crítica ao uso da IA em pregações, e a discussão está pegando fogo! Será que a inteligência artificial pode realmente transmitir a essência da Palavra de Deus? Ou a pregação sempre exigirá um toque humano e inspirado?”, questionou Nascimento na legenda do vídeo. Ele demonstrou como a IA pode estruturar um sermão completo, com introdução, desenvolvimento, aplicação prática e conclusão, mas ressaltou que a pregação vai além da mera transmissão de informações.
“A pregação não está relacionada apenas com uma informação transmitida. É fruto de uma experiência com Deus. Um pregador que se preparou em oração, que buscou saber qual é a vontade de Deus para aquela mensagem”, explicou. O pastor alertou que muitos pregadores têm adotado a IA para construir sermões inteiros, o que, em sua opinião, pode comprometer a autenticidade e a profundidade espiritual da mensagem.
Limites da tecnologia
Nascimento reconheceu que ferramentas como a IA podem ser úteis, assim como comentários bíblicos e dicionários, mas enfatizou que elas não devem substituir a dependência do pregador em Deus. “A inteligência artificial não tem experiência com Deus. Portanto, ferramentas como essas são úteis, mas não podem roubar do pregador o seu tempo e a sua dependência em Deus”, afirmou.
O pastor, que lidera a Church City em Alexânia, concluiu que a tecnologia pode auxiliar, mas nunca substituir a consagração e a busca espiritual necessárias para uma pregação autêntica. “A conclusão é essa: a tecnologia pode ajudar, mas não pode substituir”, finalizou.