Por Caio Coppolla Editor do Boletim Coppolla e comentarista político |
Ontem, no Vaticano, o Papa recebeu a visita de Lula, um corrupto condenado pela Justiça da vara criminal e solto pela (in)justiça do mais alto tribunal – embora nenhum ministro ouse afirmar sua inocência.
Segundo a conta do ilustre ex-presidiário no Twitter, o encontro teve como objetivo “conversar sobre um mundo mais justo e fraterno“. Um papo interessantíssimo, pois inconciliável com a biografia do notório visitante: num mundo mais justo, corruptos condenados deveriam responder por seus crimes no cárcere; e um mundo mais fraterno pressupõe que não se roube o próximo, como preconiza o 7º dos 10 mandamentos bíblicos.
Imagino que, em algum momento da interlocução, o Papa Francisco tenha tido o impulso misericordioso de expiar os pecados de Lula e conceder-lhe o divino perdão. Decerto, frustrou-se. Afinal, perdoar pressupõe o arrependimento do pecador, e não existe absolvição que não seja precedida de remorso.
Lula pode ser acusado de muita coisa (como de fato é!), mas jamais de demonstrar qualquer peso na consciência por seus delitos ou de se esforçar para repara-los. Mesmo figurando em múltiplos processos e condenações, todos amparados por vasto acervo probatório, Lula insiste em uma inocência imaginária, que desafia até a mais alienada das mentes militantes. Mitômano reconhecido, Lula só se esquece de um detalhe: ludibriar o Papa é possível, mas mentir para Deus está muito além do alcance humano (até para um expert na área, como é o caso).
Contudo, faltar com a verdade na Terra não constitui pecado capital. Isso fica por conta da vaidade, da presunção e da arrogância de Lula; e aqui estamos falando do pecado da soberba. Como esquecer as pérolas da “modéstia” do líder petista: “Não tem, nesse país, uma viva alma mais honesta do que eu” – quanta generosidade ao falar das próprias virtudes e quanto orgulho de ser tão “humilde”.
Mas pra fechar essa breve nota, voltemos à reunião no Vaticano e analisemos o fato sob o prisma espiritual. Ainda que cândido e casto, o Papa foi mero coadjuvante nesse encontro etéreo; o protagonismo ficou com Lula, o corrupto que se fez santo por autodeclaração. Que Deus nos livre e tenha piedade de nós!
Foto: Reprodução/Twitter LulaOficial/Ricardo Stuckert – Com informações do Boletim Coppolla