Acusações de crime eleitoral e possível demissão marcam o ato.
Por Richelson Xavier
Durante um ato político na Arena Corinthians, em São Paulo, o presidente Luis Inácio Lula da Silva (PT) criticou a organização do evento pela baixa adesão do público. Além disso, a situação se complicou quando Lula pediu votos para o deputado de extrema-esquerda Guilherme Boulos, candidato à prefeitura de São Paulo, gesto considerado crime eleitoral que pode inviabilizar a candidatura do deputado do Psol.
Lula admitiu a falha na convocação do evento. “Não fizemos o esforço necessário para levar a quantidade de gente que era preciso levar. De qualquer forma, eu estou acostumando a falar com mil, com um milhão, mas se for necessário falo com a senhora maravilhosa que está ali na minha frente”, disse o petista.
O presidente também apresentou o ministro da Secretaria Geral, Márcio Costa Macedo, a um público reduzido. Lula justificou a ausência de público alegando que o ato foi mal convocado. Mas a situação se agravou quando Lula, de forma ameaçadora, disse ao ministro que “isto não ficará assim”, sugerindo a eventual demissão de Márcio Macedo.
Essa série de eventos tem gerado repercussões políticas significativas. A acusação de crime eleitoral contra Lula e a possível demissão de um ministro são assuntos que têm dominado o cenário político. A baixa adesão ao evento também levanta questões sobre a popularidade e a capacidade de mobilização de Lula e seu partido.