Na América Latina, o Brasil é o país com maior predominância de depressão, além de ser o segundo país com maior prevalência nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).
Por Cleide Hilário
Muito difícil você parar e conversar com uma pessoa hoje que não tenha sofrido com a depressão, não esteja sofrendo ou ainda, que não tenha alguém da família ou próximo que esteja passando por esse transtorno mental associado a sentimentos de incapacidade, irritabilidade, pessimismo, isolamento social, perda de prazer, déficit cognitivo (memória e raciocínio ficam prejudicados), baixa autoestima e tristeza, que interferem na vida diária.
Na América Latina, o Brasil é o país com maior predominância de depressão, além de ser o segundo país com maior prevalência nas Américas, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS). Essa doença, geralmente afeta as capacidades de trabalhar, dormir, estudar, comer e socializar. Quem já teve ou tem, sabe o quanto é difícil conviver com ela, muitos ainda sofrem pelo fato da família e amigos próximos não saberem lidar com as oscilações de humor.
Há mais de vinte anos eu passei por essa angústia, não foi fácil entender e procurar ajuda, mas hoje, posso dizer que venci a depressão. No meu caso, não houve intervenção médica, minha dor, que também era invisível para muitos, era na alma. E foi através da igreja que consegui me conectar novamente e me libertar dessa dor que só quem passa ou viveu sabe.
Tenho conhecimento de pessoas de diferentes idades e classe social que hoje sofrem devido a depressão. Essa condição é a principal causa de incapacidade em todo o mundo e estima-se que mais de 300 milhões de pessoas, de todas as idades, sofram com esse transtorno. Mas o que nós podemos fazer para mudar essa situação? Será realmente o mal do século?
Apesar de muita gente sofrer com a doença sem saber que se encontra nesta patologia, a depressão dá sinais. Qualquer um de nós pode entrar em um quadro depressivo.
De acordo com o Ministério da Saúde, alguns sinais podem sugerir o quadro depressivo como: humor deprimido, irritabilidade, ansiedade e angústia; desânimo ou cansaço elevado; diminuição ou incapacidade de sentir alegria e prazer em atividades anteriormente consideradas agradáveis; desinteresse, falta de motivação e indiferença; sentimentos de medo, insegurança, desesperança, desamparo e vazio; idéias frequentes e desproporcionais de culpa, sensação de falta de sentido na vida, inutilidade, fracasso e pensamentos de morte; interpretação distorcida e negativa da realidade; dentre outros.
Cabe a nós, tentar acolher e ter sensibilidade com a dor do outro. Prestar mais atenção nas pessoas que convivemos, pois um olhar, uma conversa, pode salvar uma vida. Vamos ser mais tolerantes e compreensivos com as pessoas que convivemos.
Cleide Hilário, é casada, mãe, cristã e conservadora. Bacharel em direito, Vereadora em Anápolis e Procuradora Especial da Mulher na Câmara Municipal de Anápolis. Trabalha em prol do social há mais de 20 anos, defende bandeiras das mulheres contra a violência doméstica, do idoso e da criança. Faz parte do partido Republicanos desde 2007, que defende bandeiras como família, a fé e o conservadorismo. Instagram @cleidehilario10