A Necessidade de uma Direita Autêntica e Organizada para as Próximas Eleições e o Desafio de Manter a Cidade de Anápolis nos Trilhos Conservadores
Por Richelson Xavier – Foto: Wesley Moraes
O Primeiro Congresso Conservador de Anápolis, um evento que recentemente tomou lugar na cidade, veio a corroborar algo que venho repetindo incansavelmente em minhas análises no rádio goiano: é possível, sim, unir a direita em prol de suas ideologias e causas.
Em um cenário político no Brasil que clama por equilíbrio, é evidente a necessidade de uma direita autêntica, livre de confusões entre conservadorismo e retrocesso, distante de pautas que remetem a tempos medievais. É fundamental para a democracia, qualquer que seja a orientação política, contar com uma oposição organizada. Essa oposição deve atuar de maneira republicana, dentro das regras constitucionais, e assumir um papel propositivo e combativo, zelando por fiscalizar e cobrar do governo, exercendo com vigor seu papel de controle sobre a administração. Isso é típico das democracias maduras, mas para atingir esse patamar, o país necessita, igualmente, de políticos sérios e dedicados, uma commodity cada vez mais rara em nossos dias.
Ao retornar ao Congresso Conservador, observa-se que, mesmo sem atingir a audiência esperada, o evento contou com a participação de diversas lideranças de Anápolis, tanto da situação quanto da oposição. O prefeito Roberto Naves, o vereador e subsecretário estadual Leandro Ribeiro, o deputado federal Marcio Correa, e vários vereadores, incluindo Policial Federal Suender, Reamilton Espíndola, Cleide Hilário, Hélio Araújo e Thais Souza, estiveram presentes. Um momento peculiar ocorreu quando todos esses políticos, independentemente de seus posicionamentos políticos, ouviram atentamente a ex-ministra e senadora, Damares Alves, falar sobre o futuro da direita. Suas palavras ressoaram ao afirmar que a direita deve “deixar as disputas de lado e entrar na fase das proposições”. Ela também enfatizou que o Brasil, em um futuro próximo, “clamará a Deus por uma nação de direita”. Essas palavras levam a uma reflexão: “Será que todos esses políticos realmente absorveram a mensagem da senadora Damares? Será que alguns deles ainda seguirão agindo como se fossem os únicos representantes da direita, quando, na realidade, estão dividindo-a?”
Outro ponto crucial destacado pela senadora foi a ideia de que, no momento certo, a direita será convocada a liderar novamente os governos municipais, estaduais e federais. Ela afirmou que isso acontecerá de forma natural, sem a necessidade de uma luta intensa. A senadora também apontou que prefeitos do Nordeste já estão considerando a direita como uma alternativa viável devido às suas propostas sólidas. Assim, o movimento conservador precisa se preparar para demonstrar seu conhecimento e capacidade de ação. Nesse ínterim, a senadora ressaltou que o foco atual é a eleição de 2024. O congresso, organizado pelo advogado Júlio Cunha, que tem trabalhado para unir a direita na cidade, alcançou grande destaque na imprensa nacional, contando com a cobertura da Jovem Pan News.
As eleições de 2024, aliás, prometem ser das mais acirradas dos últimos anos. Com a vitória de Lula no ano passado, o diretório do PT em Anápolis revigorou sua esperança de retornar ao poder na cidade. Porém, ao mesmo tempo, a direita trabalha incansavelmente para manter sua liderança no poder executivo. Anápolis é, em sua essência, uma cidade de maioria conservadora, um reduto de valores tradicionais. Portanto, é imperativo que a direita revitalize a política local, uma vez que o futuro da cidade depende diretamente das eleições de 2024.
O desafio em uma cidade majoritariamente conservadora é que muitos políticos se consideram os únicos verdadeiros representantes da direita e lançam suas próprias candidaturas com a falsa impressão de que serão eleitos automaticamente. No entanto, a verdadeira direita valoriza a sabedoria, a organização e a estratégia, atributos que têm sido escassos em Anápolis.
A pergunta que fica é: não seria mais sensato que os políticos que afirmam defender a direita na cidade deixassem de lado seus orgulhos individuais e trabalhassem em unidade? Afinal, isso evitaria que a cidade caísse nas mãos erradas, assim como aconteceu nas eleições presidenciais de 2022. É hora de deixar de lado o narcisismo e o egoísmo em prol do bem-estar da população.
Em encerramento, recorremos às palavras do professor Olavo: “No Brasil, é preciso explicar, desenhar, depois explicar o desenho e desenhar a explicação.” Políticos, entendam que Anápolis é nossa responsabilidade.